Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

REVISTA DA ACADEMIA PARAÉNSE DE LETRAS E o Mito do Preconceito Que andou rondando a sociedade, Em ruidoso despeito, Caiu, dentro do vácuo de si próprio, Numa cruel inanidade. E o cruzamento e a Transfusão vieram, Na mestiçagem de uma raça forte, Nova raça de Terra Prometida, Ressm:ecta de opróbrio. Ah ! A Mística cristã da Redenção ! Uma só liberdade, Um só irmão, Um só Brasil, recuperado, Uma gente, somente, Pela terra cristã de Santa Cruz. O mesmo sangue quente, Sangue febricitado, Para velar pelo Brasil amado ! .il.h ! Liberdade, Visão do Sonhador, Arco-íris da Fé, cheio de luz ; Oh ! o Mito das idades, Mito, Ideal, de todo sofredor. Redimiste um Passado, Por que não redimir nosso Presente ? Haverá uma Ideologia, Que nos possa tirar, mais dia, menos dia, Dessa Escravidão Da hora transcorrente ? Precisamos compor as novas "Vozes d'Africa" Contra os Grilhões da Civilização, Dêste Minuto de Incerteza, Ante às portas da Fábrica ! Quem cantará essa epopéia, Ou, bem melhor, Essa odisséa Do instante pior De nossa vida ? Ah ! vamos ao Cais dessas Contemplações, · Ver a arriba 1>recavida _ Do "Navio Negreiro" das nossas ilusoes ... Pará-Belém.

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