Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

' ( REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE .DE "LETRAS ·11s A PAULIN9 DE BRITO de Múcío Javrot Considero Paulino de Brito poeta, na rigorosa acepção da palavra, e um dos mais vigorosos talentos da nova {eração no nosso pais; acreditando, sem receio de exagerar, que, se êste mo<;o conti– nuar a cultivar a brilhante inteligência de que é dotado, tornar-se-á necessàriamente, pelo menos, um dos mais proeminentes vultos da literatura brasileira, onde já ocupa lugar invejável. 1885 Júlio 'cesai: . Eu, que sou dentre a turba, a turba delirante, Cheia de crença e fé, que hoje te rodeia O último talvez !.. .- a· nota discordante, O hóspede na pátria ! . o reprobo da idéia ! Agirado também pela febril corrente Que, em largas-convulsões, festivas, triunfais, Neste dia avassala .o coracão e a mente E vem te oferecer seus preitos imortais, Eu ouso aparecer! E tristemente grave. Venho olhar para o sol que vejo além subir . .. A Dos Andes de sua dória - a magestosa ave - s montanhas azuis das terras do porvir ! . ( E busco então achar na mente e sob o peito . . . • Um grito, um som qualquer, um pensamento informe, Para ser minha prece, e o meu sincero preito A teu futuro, amigo ! e ao teu talento enorme !. Múcio Javrót

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