Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953
J:iE"VJ.S.~A ·DA AC:ADEMIA l?ARAENSE DE LETR.As "Nunca vi olhos assim, tão verdes como o mar, da côr evocadora da esperança... !' "Olhos da côr da esperança, olhos que encerram promessas sem fim, de coi~as que a gen!~ implora, mas nao alcança . . . . "tsses teus olhos negros, profundos, trágicos, divinos, lembram turvo, caudaloso rio ... " •'Anda em fiôr um lindo sonho nos teus oJhos bailar ... Si nêles meus olhos ponho fico também a :Sonhar. .. " ......................................................... '·Si teus olhos são o espelho uc tua alma. tens â alma a mentir, constantemente, por êsscs olhos seiri par . . ." A crítica sulista chamou a Mário Pederneiras o cantor de "Mestre Rio", não do "Rio de Jane iro do meu tempo", como evocou Luiz Ed– mundo, narrando costumes e tradições "No tempo dos Vice-Reis". Fa – l ou do garôto carióca, livre como os pardais dos seus p a rques, disse dos jardins silenciosos, dos balneários. dos eflúvios e e ncar..tamentos da "Ci– da de Ouro", como a descortinou Murilo Araújo. Querendo transportar para o verso impressões de "motivos ama– zônicos", Olavo Nunes deu começo à tarefa e escreveu "Belém cabô– cla morena", para tecer um epinício amoroso à sua cidade provinciana, tal si ela fosse genuína curiboca, em derr iços furtivos com o citaredo, que lhe segred a ao ouvido : "Belém, cidade faceira, moça; garrida e louçã, tens da cabôcla roceira. a graça ele cnnhatã ... Do Guajará, com delícia, vêm-te as águas festejar ; e tú, risonha sereia, expões os pés nús na areia p~ra os a fagos do mar ... " ............. ' ............ ·.......... ~ ................... . "Cidade que atnll; e que sonha, soberana flôr egrégia, d'agua emergindo; risonha, és como a VitÓl'Ía-rég_ia • . . Tens o al'Oma, Ó vivo olfato, ..
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0