Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953
,. ~VISTA ·DA AGADEMIA PÂRAENSE DE . LETRAS .. 1 'SEGREDO Embora <'Om muito medo, Eu vou contar-te um segredo, O.ue tenho no coração. Escuta : foram teus olhos, Que à minha vida de abrolhos Deram a luz de um clarão. 83 . . ...... . ... . ......... . .... . ..... . ... .. ........ . .... . ... . . . Não leste nos meus olhares 0.11e se amor em mim buscares ' Só achas o que te dou ? Que só por ti, minha rosa, Fica sabendo, mimosa . Meu coração palpitou !" E p,ira estac-ionar a nossa d igr essão sôbre Natividade e suas obras, estas quadras tral-alhadas caprichosamente, desde as imagens à riqueza das rimas e à sutileza da trova : "AUREA AquPJ:t Qu~ me nerturba E v11, levando de r astos As almas brancas-dos .!lstros, As rudes almas da turba, Não tira d'os olhos miopes, J>e côr l~ual à do coiro Reluzente dos etíones. As claras lunetas doiro. Nas mais elegantes rodas · Não ha quem se lhe avantage Nos esplendores do traje E exquii-füce das modas. A dentadura formosa Branqueja, em fileira tronoha, Como perolas na concha Escarlate de uma rosa ! •. Quando aparece num baile, Ha relampagos de assombros Ao surgir, livre do chale, A tentação dos seus ombros. 1 Morresse minha alma louca, Livre de terreos escolhos, -Nos beijos daquela boca, -No incêndio daqueles olhos !" Eis o que numa dc:;pcnteada apreciaçãó, influenciada, talvez, da ~d~~éição q~e 'p,ro".'.oc~_vari, _quanç.o lidos. aos confrades e ~go~ os
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