Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

REVIS'l'A Df, . AOljJ'EMIA .PARAENSE O DE · LETt¾,'AS ''NUM CEMJTtRIO NA FLORESTA" Viajeiros do . . . . . . renonsada Tendes a cru,: de angústfos da existência . .. DoTI11íi. o so110 eterno da insciência. _Ninguém perturba a paz do_ vosso nada !" .... ... ... .. .. .. . .. ...... ... . ... ..... . ..... ... .... ... .... Mãe e semore a criatura que domina. discricionáriamente, o ·pensa– mento do seu filho poét.l'l. Em "Eterna dôr'', Natividade esfolha lírios de sau<fade à memória d 'Aquela que, para quem· a possue, é mesmo que t er "todos os parentes", como chorou Hermes Fontes e Natividade Lima confirma. "Quando os anos passados lentos, lentos, Forem sôhre teu corpo in: inimado: Quando fôr para sempre destroçado O marmore dos velhos monumentos ; Quando o ,teu nome já não fôr lembrado, F. para sempre o éco dos lamentos Jlerradelros morrer, na voz do~ ventos, Como um.grito de dôr num descampado; Quando de tudo, todos esquecidos. f. os l!'Oivos da sandad~ emurchecidos Forem pr'a sempre, ó Mãe, como estribilho. De vma <'iJ. nr.ão tristíssima e dolente : Ouvirás, doce Amiga, eternamente .Chorar meu coração . .'. chora r teu filho !..." Bruno Seabra é um dos raros poéfas paraenses que as antologi~s autorizadas inser em no seu índice com a "Moreninha dá-me um beijo . . ." Entretanto, os componentes da geração a que nos vimos repor– tando escr everam autênticas joias alusivas às "sururinas de olhos bre- Jciros", que tanto enfeitiçam com seus encantos matutos: · Assinalemos estas estrofes de "Canção do canoeiro", de Natividade : "Quando nos dlns de testa Vaga um rumor na floresta E soluça o rouxinol, A canoinha ligeira, Me leva aos pés da faceira Cabocla, filha do sol. ..... . ... ...... . ..... . . . . . . . ' '. ' ...... ... ' ... ' .... .. ... . Escuto, todo enlevado, Como num s011110 ,loirado, Suspirar a caboclinha . . . Dizei-me. : Quem é que pensa Minha agll canolnha ?. .• " t l i

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