Revista da Academia Paraense de Letras 1968

36 SILVIO MEIRA . estimule a pequena navegação fluvial até agora jugulada pelas exi– gências do regulamento das Capitanias dos Portos" . Observando os problemas educacionais do extremo-norte, afirma: "No setor educacional, não conseguiu ainda o ensino secundá– rio desvencilhar-se completamente do espírito absorvente e totalitá– rio que assumiu, principalmente, depois da revolução de 1930" . "Não leva em consideração o Ministério da. Educação e Saúde as diferenças climáticas do imenso Brasil. Estandartiza programas que desestimulam as iniciativas particulares, impedem experiências de novos métodos pedagógicos ou a conservação de outros antigos, muito eficientes, impõe horários e períodos escolares unüormes , aten– dendo somente às conveniências do clima do Rio de Janeiro (como acontece também para nós com a absurda e ilógica Hora de Verão) . J á chegou até a exigir que os internatos do Norte servissem aos alu– nos hortaliças e frutas próprias do clima frio !" l!:sse aspecto tão bem gravado na Carta Pastoral continua a me– recer a atenção de todos os responsáveis pelo ensino em nosso país, onde ainda existem estabelecimentos com hábitos de cinco séculos atrás, a exigirem de jovens adolescentes, quase homens, castigos m e– dievais, obrigando-os a decorar linhas e linhas e mais linhas, fa– zendo-os repetir lições inteiras, ora como método obsoleto e ridículo de ensino, ora como castigo. Tais práticas geram a revolta, espantam e afugentam vocações, despertam ódio e dão asas à descrença . Contra êsse processos "de ensino" todos nós devemos lutar, evitando que ãs modernas gera– ções se estiolem nas mãos de maus preceptores, sem nenhuma noção de psicologia humana e de pedagogia. É, pois, digna de menção, a revolta de D . Alberto, tão bem va– sada em sua Carta Pastoral. A ela aliamos a nossa. Como Arcebispo Metropolitano de Manaus exerceu fecunda ati– vidade, que podemos resumir, através de dados extraídos de sua obra "Cronologia Eclesiástica da Amazônia": tomou posse a 21 de janeiro de 1949. A 5 de fevereiro deu reorganização às Damas de Caridade, com sede na Casa da Criança. Nêsse mesmo dia benzeu solenemente as primeiras pedras das capelas de São Geraldo Majela e de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A 4 de março inaugurou o noviciado da Congregação das Adoradoras do Preciosíssimo Sangue, c9m en– trega do hábito às primeiras noviças. A 3 de abril inaugurou uma nova sede do Circulo Operário de Manaus, à avenida Uaupés. A 8 de abril benzeu a gruta de Nossa Senhora de Lourdes no Seminário São 1 - - - - - - --- - - - – . - - - - - ---- - - - - - --- - -

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