Revista da Academia Paraense de Letras 1968

Vasio Silêncio pe,-pendicular e tisico, pareoendo lágrimas de rosa desprezada pelo orvllta da noite despida de lua, esfarrapada de estrêlas. Solidão retilínea, violenta como um sol desesperado ante a visão do crepusculo devasso. Solidão perfeita, sensual, ardente, como seios puros violados pela sanha da luxuria. O relógio apenas ma!raca o tic-tac arrepiante sem perpetuar horas - a recordar minutos marcados numa manhã e arrancados ao passado pela memória moribunda. A madrugada desfeita em frio e i,e11tos cortantes relembra rochedos e ondas revôltas, alucinadas, ensoupando a esperança de saudades malditas. GEORGENOR FRANCO Belém, 18 de julho de 1967 .. ..

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0