Revista da Academia Paraense de Letras 1968

• Entre o Saxofone e o Mar ALONSO ROCHA Corta o saxofone a noite e o vento (Eternidade é o tempo em que sofremos? Ou o rude amor, segrêdo que escondemos, f1111do 110 coração, porém violento?) Entt1e a música e o mar meu pensamento, onda que vem e vai, une os •extremos : o hoje impossível, o ontem que perdemoJ e o indeciso amanhã que eu agora invento. Rasgo a memória: a concha que juntamos ; nossas bôcas (ou peixes?) sôbre a espuma e o abismo, dia11te n6s, que contemplamo,. Morre o saxofone em frenesi. (Seios virgens <k cêra pela bruma). Não sei se te encontrei. . . ou te perdi. . .

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