Revista da Academia Paraense de Letras 1968

Cantiga de Mu,ito Amar Teu amor vem ·a mim como a brisa do mar; inesperado fresco ,e molhado vento do mar. Indormida galera navegando, remos de ouro tocando de leve tão fundo no mar. Eu que sou noit>e escura, inestrelada, - flor do asfalto - ao sentir teu clarim de arcanjo-arauto rebeflto em madrugada; e corro a receber teu beijo espuma - saliva e bruma - do mar. E da gruta escondida na mem6ria saltam (qual peixes) horas não vidas. - em nossas vidas a linha divis6ria é o mar. Te amar e o mar, constantes inconstantes, de meu penar. . . . onda que busca a praia, que ondula e empina : lembro o teu seio sob a blusa fina e me quedo a choru,. e me quedo a cantar; a chorar e a cantar: ou adormeço em teu seio ou 110 fundo do mar. . . ALONSO ROCHA .,

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