Revista da Academia Paraense de Letras 1968

De Um Diluvio, na Ante-Manhã ALONSO ROCHA De teus peitos de prata (favo) flue o leite-mel que adoça a madrugada. E tua anca (arca) em flama clama o trigo, o figo, caule sementeira. O fuso de tecer nuvens embarco; o marco, o touro de ouro, o gêlo e o uísque. E das bestas - segundo a sua espécie - o geito de morder e de calar. O ~illto e ·a c/111va - h6spl!f(les do invemo - descem do abismo; entre quarenta encantos, an;os servem te-rnura em copos plásticos. Súbito a paz : um pássaro à ;anela; uma rosa em ~•eu bico : o sono (ou a morte) ... T'estamos do diliívio; e agora ? e agora ?

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