Revista da Academia Paraense de Letras 1968

Páginas do Passado Discurso proferido pelo acadêmico AUGUSTO MEIRA, 11a sesf io solene de posse de ISMAEL/NO DE CASTRO Sr. Ismaelino de Castro Absolutamente não. De modo nenhum sereis vós que vos sentireis forte à somhra, como vindes a dizer, encorajadora de nossa Companhia. A vossa afir– mativa é simples elegância e refinado galanteio vosso. Começastes desde logo o vosso magnifico discurso pondo em realce a linha per– feita de nobre cavalheirismo. Nós, os desta Companhia, é que nos sentimos engrandecidos, nós, é que nos sentimos vaidosos, nós é que nos sentimos encorajados em vos ter em nosso seio. Quem o diz não sou eu : é esta festa, é esta Casa transbordante de luz, é esta assistência por estas galerias, frizas e camarotes . como festões floridos que alvoraçada vos acompanha at.é nós; é a elite de Belém, desta nossa cidade princesa encantada, primaveril, .f)aracti– siaca. É ella, no que tem de superior e mais distincto, que o sugge– re, que o affirma, que o proclama na graciosa eleição de quantos que aqui se irmanam, nesta hora em que por todo êste ambiente de cultura e de graça, derramaes todo o fulgor de vossa alma bravia de soldado e de homem enamorado das letras. Tudo isso a mim se antecipa e antepõe e diz melhor do que poderei fazer, tanto mais quando diante do vosso merecimetno e dêste espetáculo magnífico, eu me sinto vacillar, dentro da minha emoção. entre o muito que vos devo, falando-vos em nome da Academia e o que me imporiam todos os estimulos de meu affecto particular por vossa pessoa , p ela elevação de vossos sentimentos, altura de vosso caracter e brilho de vosso espirito. Não vos lisongeio. Recordo, apenas, uma senten~a de Camõe3 : "Quem valorosas obras exercita Louvor alheio muito o aperta e indta". (*) - Mantivemos a antiga ortografia do original .

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