Revista da Academia Paraense de Letras 1957

64 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS rad_o dos cinqüenta e três anos de sua existência, com a visita signifi– cativa e, sobretudo, honrosa de S. Excia, atualmente presidindo a Casa que Machado de Assis e Ruy Barbosa presidiram. Entusiasmando os presentes com palavras fluentes e vibrantes re– lembrou o grande escritor a sua juventude em Belém do Pará, quando viveu dias inesquecíveis, inclusive horas de prazer e alegria no seio da familia paraclubina, esta mesma fami~a que, no momento, verifi– cava; continua a manter o mesmo espírito fraterno, cordial e amigo. : Jaques, Sílvio, Tio Joaquim, Wanderley, que belo fim de tarde vocês perderam! Logo mais, à noite, vivemos outros momentos felizes. No Teatro da Paz. Dizer o que foi a homenagem prestada pela Academia Para– ense de Lêtras a Peregrino Júnior, somente aqueles que lotaram tôdas as dependências da nossa tradicional casa de espetáculo..-; nes– sa· noite tão gloriosa, podem fazê-lo. E, temos a certeza, as palavras empregadas para descrevê-las não serão outras senão encanto, ma- gia, beleza, esplendor, deslumbramento. · Georgenor Franco, o sargento-mór da Academia, saudando o ilus– tre homenageado; Adalcinda, Rodrigues Pinagé, Adelermo Matos, Nazaré Coeli de Vasconcelos, Elsie Soares, recitando com arte e ex– pressão poesias de autores paraenses; Joel Pereira dedilhando com sentimento seu violão querido; Guilhermina Cerveira, solando ao piano com maestria e segurança, o difícil Schumann; Maria Dilma Costa, Helena Coêlho, Adelermo Matos e esta extraordinária Helena Nobre, que, após 25 anos de afastamento do palco do Teatro da Paz, recebeu, anteontem, com o mesmo carinho, a mesma admiração, o mesmo entusiasmo e o mesmo culto a consagração do público que a adora e reconhece seu bidiscutível valôr artístico, interpretando com as suas vozes maviosas, Carlos Gomes, Arditi, Schubert, Hekel Tavares, Litz, Schumann, Tagliaferri, Obrands e Waldemar Henrique, todos êles, de Georgenor à D. Helena, dentro duma impecabilidade, duma correção, duma irrepreensibilidade, contr,ibuiram para que a noite de ,anteontem fosse a mais bela e a mais sublizne de tôdas as noites subliznes e belas da já gloriosa Academia Paraense de Lêtras. Finalmente, o agradecimento .de Peregrino Júnior. Quantas_ emo– ções sentiram todos aqueles que ouviram as palavras do emme1:1te intelectual ao lembrar com carinho e ternura a sua vida no Para e ao falar com convicção e orgulho da trajetória brilhante de sua _ex!s– tência, que acabou por elevá-lo à Presidência da Academia Brasileir~ de Lêtras! Que belo fizn de noite! Parabens, Bruno! Parabens, Georgenor! Parabens, Jaques! Pa– rabens, Proença! Parabens, Academia Paraense de Lêtras! tLE tFE (De "A Província do Pará", de 6-5-1956). VISITAS DE PEREGRINO Durante a sua estada em Belém, além das :visitas· ofíçia_is que fez, inclusive ao governador Cattete Pinheiro, Pereg~·ino Jun'.dor · V!: sitou demoradamente o ver-o-Peso e outros pontos pitorescos •a ci dade, inclusive a Granja Novo Eden, de proprit;dade do academico Ernesto Cruz, em companhia de quem almoçou mt•mamente no dia 3 de maio.

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