Revista da Academia Paraense de Letras 1957
• REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS 57 mia, e que são os acadêmicos Paulo Maranhão, A~gu~to Meira e Ma– nuel Lobato. A entrega devia ser feita na residenc1a de cada um, pelo escritor Peregrino Júnior, que se faria acompanha r da direto– ria e de quantos acadêmicos quizessem se associar à homenagem. A PALAVRA DE ERNESTO CRUZ Abrindo a sessão solene de 3 de maio, na séde oficial da Acade– mia, à rua de Santo Antônio, 92, l.º andar, o academico Ernesto Cruz, depois de organizar a mesa, que ficou constituida do general Décio Escobar, comandante da 8.ª R. M., do dr. Libero Luxardo, re– presentante do governador Cattete Pinheiro, do academico Bruno de Menezes e do dr . Peregrino Júnior, presidente da Casa de Machado de Assis, pronunciou as seguintes palavras: "A Academia Paraense de Letras está aniversariando hoje. Pre– cisamente no dia 3 de maio do ano de 1900, em sessão pública e so– lene, realizad~ no Teatro da Paz, instalava-se o Silogeu. Era comemorado, oficialmente, naquêle dia, o quarto centenário da descoberta do Brasil. Como parte destacada das comemorações promovidas pelo govêrno do Estado, figurava a da instalação da Academia. E' êste o acontecimento festivo que hoje lembramos com a solenidade própria, e tanto mais grata como mais emocionante, por achar-se aqui, neste recinto, especialmente convidado para presidir a reunião de hoje e de amanhã à noite no Teatro da Paz, S. Excia. o sr. acadêmico Peregrino Júnior, presidente da Academia Brasileira de Lêtras, sócio correspondente da Academia Paraense de Lêtras, escritor, médico, professor dos mais eminentes e conceituados do Brasil. · Dizia Tácito que os deuses auxiliam os mais fortes. Eu vos digo que Deus ajuda aos homens de vontade forte. É esta a recompensa que hoje obtemos, no instante de. deixar as funções de presidente desta Academia, a que dedicamos tôda a fôrça do nosso entusiasmo. Da nossa dedicação e do nosso poder espiritl!al. A presença do sr. acadêmico Peregrino Júnior, nesta casa, e a prova de que Tácito não se enganava. Verdadeiramente, os deusi:s ajudaram aos mais fortes, que somos nós os acadêmicos do Para, neste objetivo. ' Pela primeira vêz, no País, o presidente da Academia Brasileira de Lêtras, sai da séde do Silogeu nacional para presidir a sessão so- lene de uma Academia provinciana. ' Que Deus continue a nos ajudar nestas magnificas realizações feitas em prol da cultura da terra paraense. Está aberta a sessão". BRUNO DE MENEZES AGRADECE Prestado o jruramento oficial proferido de pé por todos os di– retores eleitos em abril último, ~ depois de investido das funções de Presidente da Academia Paraense de Lêtras o acadêmico Bruno de Menezes pronunciou as seguintes palavras: ' "A hon_~·a com que fui distinguido pelos ilustres confrades, com– ponentes deste Cenaculo de Sabedoria e Cultura, elegendo o menos credenciado de seus membros para o cargo enobrecedor de sua Pre– sidência, recebo-a como excessivo e generoso merecimento, que so– mente um magnânimo beneplácito poderia excepcionalmente me con– ferir.
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