Revista da Academia Paraense de Letras 1957

56 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Notas & Fatos Na sessão ordinária de 15 de janeiro de 1956, o academico Ernesto Cruz, então presidente, propôs que, como parte das comemorações do 56.º aniversário de fundação da Academia, em maio, fosse convi– dado o escritor Peregrino Júnior, Presidente da Academia Brasileira de Letras, que presidiria tôdas as solenidades programadas. A viagem correria por conta do Silogeu. À proposta foi aprovada unanimemente. Quando o academico Ernesto Cruz viajou com destino ao Rio ·de Janeiro, em março, foi portador do convite oficial do Silogeu a Peregrino Júnior. Este acedeu ao convite, tendo Ernesto Cruz, em telegrama, comunicado o fato, que alegrou todos os intelectuais pa– raenses. Respondendo ao ofício da Academia, o Presidente do Senado das Letras Nacionais mandou o seguinte ofício: "Rio de Janeiro, 28 de março de 1956. Exmo. Sr. Academico Georgenor Franco. 1.º Secretário da Academia Paraense de Letras. Caixa Postal 506. Belém - Pará. Recebi, com muita satisfação, o ofício n. 0 56-27, de 13 do cor– rente, em que V. Excia. me faz ciente do propósito dessa Academia, em me ter na presidência dos trabalhos de suas sessões de 3 a 6 de maio do corrente ano, conforme foi considerado no programa das comemorações do 56. 0 aniversário da instituição. Apresso-me em agradecer a V. Excia. e aos meus generosos con– frades da Academia Paraense -de Lêtras o honroso convite, infor– mando-lhes que procurarei estar, em tempo útil, nessa capital, para lhes confirmar, pessoalmente, meu reconhecimento. ' 1 Cordialmente - (a) PEREGRINO JUNIOR, Presidente da Aca..: demia Brasileira de Letras". Em princípios de abril, os acadêmicos Bruno de Menezes e Geor– gcnor Franco estiveram no Palácio Lauro Sodré, conferenciando com 0 governador Cattete Pinheiro a respeito da viagem de Peregrino Júnior a Belém. o Chefe do Executivo paraense resolveu considerar o presidente da Academia Brasileira de Letras hospede oficial do Estado. Na sessão extraordinária de 12 de abril de 1956, o academico Georgenor Franco propôs, que, como homenagem especial a Peregri– no Júnior, a Academia Paraense de Letras fizesse realizar no Teatro da Paz à noite de 4 de maio, uma grande sessão solene, de caráter litero-~usical, com a colaboração de Helena Nobre, Helena Coêlho e 0 Conservatório de Belas Artes do Pará, dirigido pelo professor Ade– lermo Matos. A proposta foi aprovada, sendo designada a comissão comnosta dos acadêmicos Georgenor Franco, Rodrigues Pinagé, Bru– no êie Menezes, José Coutinho de Oliveira e Wenceslau Costa para organizar o programa geral das homenagens a Peregrino Júnior. Na mesma sessão, Georgenor Franco propôs que, como parte do programa de 3 de maio, fosse feita a entrega oficial da comenda da imortalidade aos três sócios fundadores, ainda vivos, da Acade-

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