Revista da Academia Paraense de Letras 1957

34 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE" DE LETRAS" Homenagem da Academi.a aos seus . fundadores vivos ENTREGA DA INSIGNIA DA IMORTALIDADE AOS ACAD.tl ::MWOS PAULO MARANHÃO; MANUEL I.OBATO' E AUGUSTO' MEIRA - A iNTEGRA DO NOTÁVEL, DISCURSO> DE P.AUI.O MARANHAO. A Academía Paraense de l.etras-, aa ensejo das. eomem(!)l'acões de, seu 56. 0 anivel'sário de fundação, realizou, no dia 3 de maio de·1956, à tarde, a ent1.ega da insígnia da imortalidade, em prata e ouro, a três. de seus sócios fundadores, ainda viw'os; Paulo Matanhão, ocupante da. poltrona n. 28, "Leopoldo Sousa", Manuel Lobato, ocupante úa po1tro– na n. 1, "Artur Viana.", e Augusto Meii:a,·acupante da poltrona n. 33► "Olinto Melra". Peregrino Júnior, pre$idente da A'.cademia Brasileira de. Letras, convidado especialmente para visitar Belém, a fim de presidir os feste– jos que assinalam o aniversário do Silogeu, presidiu as três salenlda– des programadas. Assim é que, ãs 17 horas, esteve. na redação da "Folha do Norte•r. juntamente com os acadêmicos Bruno de Menezes, Georgenor Franco, Wenceslau Coota, Jurandir Bezerra, Edgar Proença e Rodrtgues Pi– nagé. A ENTREGA DA INSÍGNIA o dr.. Peregríno .Túníor e os membros da A. P. L. foram recebidos na "Folha do Norte" pelo professor e acadêmico Paulo Maranhão, e seu filho, sr. João Maranhão, encpntrando-se presentes na ocasião, no gabinete do grande intelectual pa1:~ense, os srs. drs. Feliciano Seixas, Aldarezer Cóêlho da Silva e Uarac~ Frade Palmeka, sr. El:í Nunes, sr. Elmiro Nogue.ra e o jornalista Jose Santos, decano dos repórteres do Pará. além de flmcionáriq..<: da "Folha" e pessoas amigas. No gabinete do profesor Paulo Maranhão, usou da palavra o dr. Peregrino Júnior, dizendo de imriro".Iso o seguínte, que foi gravado e irradiado pelo Rádio Clube do Para: "O destino tem sido amável comigo e me concedeu tudo o que eu podia desejar, tudo o que eu queria e muito maís. Mas hoje o destino me concedeu um priviiégío excepcional que foi o de estar nesta casa onde comecei ·a minha vida; minha vida a mais humilde que veio lá de balto de suplente de revisor da "Folha do Norte" até Presidente da Académia Brasileira de Letras. E este caminho longo que f°'IZ a ué, devagar, sem pressa, sem atropelar ninguém, sem um ato de improbi– dade sem um ato de desonestidade, com meu esforço e o meu trabalho é O ~rgulho que levo da vida e que lego aos meus filhos e aos meus netos. Este longo caminho que eu percorri devagar, êste caminho foi no coineço, percorrido nesta casa,_ s?b o comando duro, enérgico, mas necessário e amigo e, sobretudo luc!do, de Paulo Maranhão, meu pri– meiro mestre, o homem que me pos a perui. na mão, o homem que corrigiu os meus êrros, que !lle ensinou a escr~ver certo e que era ~– placável quando eu errava, este homem admiravel, que era mestre nao. só porque ensinava, mas porque dava o exemplo, que era o maior tra-

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