Revista da Academia Paraense de Letras 1957

76 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Embora sem troca de correspondências, fomos recebidos no aero– porto de .Manaus pelos academicos Mithridates Corrêa e Moacyr Rú– sas, este sócio correspondente da A. P . 1,,., com os votos de boas vin– das formulados pela Diretoria do Silogeu Amazonense, do qual é pre– sidente em exercício o Dr. Leoncio Salignac, ocupante da Cadeira N. 0 17. Alvo das mais distinguidas atenções, nesse mesmo dia, nos foi proporcionado um almoço, bastante cordial, com a presença dos aca– demicos que nos receberam e do presidente da A. A. L . trocando-s-e nessa ocasião as apresentações mais amistosas . A noite de 15 de abril, fomos recepcionado na séde própria da– quela Academia, magnificamente instalada, sessão essa, que contou com a presença de uma assistência culta, diversos academicos e auto– ridades federais, estaduais e municipais, lendo desvanecedora sauda– ção, o presidente Salignac de Sousa, referindo-se à nossa visita e enaltecendo a ação da nossa Academia, no cenário das letras da Pla– nície. Usaram também da palavra os academicos Mithridates corrêa, Djalma Batista e Valois Coêlho, os dois últimos, aproveitando o ense- 10, para se referirem ao Centenário de nascimento de José Veríssimo . A nossa congenere do Amazonas hospedou-nos oficialmente, cor– rendo as despesas de nossa estad-a no Hotel Palace, por sua conta, en– volvendo-nos, enfim, com as mais generosas distinções. NO CLUBE DA MADRUGADA Em um dos pavilhões da Praça Heliodoro Balbi, reuniram-se à noite de 12 de abril, os dirigentes e associados do Clube da Madrugada, constituído de poetas e literatos da nova geração amazonense que objetiva conclamar a juventude destinada às belas letras, pafa os problemas da hora presente. Nessa reunião, o presidente do Clube .,ao apresentar vários moços, pertencentes ao quadro social, disse das finalidades da agremiação, embora sem um programa esquematizado previamente. Atendendo à solicitação que nos foi feita, esclarecemos o nosso ponto de vista, como encaravam~s o movimento das artes, do pensa– mento e da cultura de nosso meio, estendendo-nos em considerações em relação ao panora~?- brasileiro, e, por fim, aludindo à estrutura de nosso livro "Batuque , como norma de poesia voltada para as tra- dições e o popular. . _ comp~.recemos a ~essao comemorativa do vigésimo aniversário de fundação da Associaçao Amazonense de Imprensa, onde nos pronun– ciamos congratulando-nos com o evento e participando do coquitel oferecido aos associados, suas familias e gradas pessoas presentes. Toda a imprensa amazonense foi pródiga em noticiários sôbre nossa breve permanência em Manaus, destacando as recepções que nos foram oferecidas, num atestado de evidente afinidade de prin– cípios, que une a intelectualidade do Amazonas à do Pará. ATIVIDADES DIVERSAS Afim de enriquecer a sua galeria de vultos das letras regionais, a Academia adquiriu, em julho de 1956, autorizada pelo plenário, um medalhão em gesso apropriado, com a efigie de Paulino de Brito, per– tencente ao academico De Campos Ribeiro, pela importância de dois mil cruzeiros (Cr$ 2. 000,00) que inaugurou no auditorio ,por ocasião da comemoração do 57. 0 aniversário de sua fundação.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0