Revista da Academia Paraense de Letras 1957

l RELATÓRIO DA A. P. L. . (Apresentado pelo academico Ernesto Cruz e referente ao período de maio de 1955/1956). "Senhores acadêmicos: Cumpro a formalidade estabelecida no artigo 3. 0 do Regimento interno do Silogeu, apresentando o Relatório dos trabalhos realizados durante o periodo administrativo de 1955 a 1956. Quando assumi a presidência da Academ1a Paraense de Letras, conduzido pela confiança dos meus confrades, salientei ser_um d?s meus propositos, a aquisição da nossa séde social . É que nao podia compreender como o Silogeu atravessa mais de cincoenta anos de vida, toda dedicada ao desenvolvimento da cultura paraense nos dife– rentes setores do saber humano e crescera e se avolumara no conceito coletivo, sem uma casa que foss~ a sua para aquelas reuniões de devs– neio espiritual, e onde pudesse monta~ as suas estantes, expôr a sua valiosa biblioteca, e cultuar, de modo significativo aqueles ilustres ho– mens cujos nomes estão ligados às poltronas de que são patronos e fundadores e constituem exemplo às gerações que lhes sucederam. Assim me dediquei inteiramente à execução deste objetivo, contando co~o sempre contei, com a colaboração preciosa e honesta dos demais membros da diretoria. . Estabeleci contáto com a Empresa construtora do Palácio d? Ra– dio, com a esperança bem justificada de materializar a promissora promessa feita. Infelizmente, no momento mais propício para a aqui– sição da nossa séde própria, fui surpreendido com uma propost~ .S?b todos os pontos de vista inaceitável dos construtores daquêle ed1f~cio, que levei ao conhecimento da Academia que a repudiou, pela sua me– xequibilidade . Des~e modo! e com o apoio dos senhores acadêmicos, man~f~stado em sessao plenaria, a diretoria alugou a séde social onde esta msta– lado magnificamente o Silogeu . São estas as minhas primeiras pala– vras: de agradecimento aos meus companheiros de diretoria e a to– elos os senhores acadêmicos pela sol!dariedade que me deram naquela emergência; de júbilo pela realidade que contemplamos, vendo a Academia Paraense de Letras, com as suas reminiscências, os seus ha– veres, as suas valiosissimas coleções, em casa onde está co~<? dona, e não mais de favor, como se estivesse acostumada, como D1ogenes, a fitar permanentemente, de mão estendida diante de estátuas, para se acostumar à recusa. ' INSTALAÇÃO DA SÉDE SOCIAL Para comemorar o grande acontecimento, deliberou a diretoria realizar a sessão solene da inaugmação da séde social, na mesma noite destinada à entrega dos prêmios aos vencedores do concurso

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