Revista da Academia Paraense de Letras 1955

r 80 REVTSTA D A ACADEI\ITIA PARAENSE DE L ET RAS oficial mais de um ano . Conve ncidos da inulilidade de nossa pe rsistência junto r.,quêle homem público. lan çamos outros apelos, e fomos finalmen te a tendidos pelo dr. Gabriel Her mJ s Filho, presidente da Federação das Indústrias do Pará e do Banco de Crédito da Amazónia, a quem a Academia Já deve a doação de urh mimiógrafo e o auxílio semestral de hum mil cruzeiros p2,r a a Revista da Academia . O dr. Gabriel He rmes, em nome da Federação das Indústrias, pro– mÍ!teu ofertar à Academia um amplo salão no novo edifício do SESI nesta capital, à Travessa. Quintino Bocaiuva, que está passando por radical reíórma, até quando conseguirmos uma sede próprio para a Academia . Além disso, o dr . Hi.rmes, também em nome da Federação, disse-nos que aquela entidade ueser– vará no edificio que pretende construir em Belém uma ár ea pa ra a sede do S1- logeu. Dêsse modo, podemos afirmar que antes de 15 de abril corrente. a Aca– demia estará n a pos'se do salão no novo edificio do SESI, onde pretendemos, se o t empo permitir, instalar a nossa Biblioteca e a nossa Secreta ria, o que nos possibilitará abrir nossa Biblioteca â visitação públic2,. NOVOS ACAD1:MICOS Durante a nossa administração expirante, a Academia teve a felicidade de adquirir quatro novos acadêmicos : José Coutinho de OJivei.ra. J ulio Colare~, Levi H2,ll de Mouva e João Alfredo d e Mendonça, novos ocupantes d>1.s P,oltronas Ferrei'ra Pena , Mucio J avrot, Bruno Seab.ra e J oão Marques de Carvl;llho, na ordem em que se ach2.m e em substituição aos saudosos acadêmicos l"au!9 E\e'rl-m tério Filho, Acilino de Leão, Buarque de Lima e Apolinário Moreira . T ôdas as sessões rea lizadas pa ra receber os novos acadêmicos foram empolgantes e pon– lilhadas de uma rara. afetuosidade, demonstrando a respejtosa ;i.feição que e nt re si guardam os i ntelectuais patrícios em, tôrno dêste Silogeu. Do resultado daquelas sessões colhemos os frutos de excelentes peças oratórias, de primoroso estilo acadêmico, proferidas pelos recipiendá rios e se4~ ilustres para ninfos, os quais também se fizeram ouvir em tra balhos dignos de sl!r perpetuados pela nossa Revista . E tais foram os trabalhos de Ernesto Cruz sbuda ndo J. C . d e Oliveira e J oão Alfredo de Mendonça, Adalcinda Camarão sauda.ndo Levi Hall de Moura e Tomaz, Nunes saudando Julio Colares. Tôdas as sessões foram realizadas na sede provisória do nosso Siloge4, /e por mim presididas, exceção feita da recepção de J . e . de , Oliveira, a qu~ foi presidida pelo vice-presidente Dr. Miguel Pernambuco Filho, porque no rllomento eu me e ncontrava em P ernambuco a objeto de outros trabalhos de órdem intelectual e ao_s quais se tornava obrigatória a minha presenç2,. . 1 É-me grato consigna r o aprêço da sociedade paraen se a.~s tra ba lhos d;,i Academia, vendo-se sempre, em tais ocasiões, 0 salão da Acndemia ocupado por um auditório seleto e ilustre, representativo da elite da. sociedade paraense. q FATO DE GRANDE RELEVANCIA • Em outubro do ano findo, passaram pela cidade de Belém , em trâ nsito pa ra o Te rritório Federal do Amapá, as cinzas, encerradas em custosa u rna, do ém lnente brasileiro e invulgar homem de letras. que foi J oaquim Caeta no fda Silva. Aqui chegaram aquêles despojos em dois cruzadores de guerra, sob os buspicios e patrocínio do Sr . Almirante Ministro da Mar inha e da Acadent a Bras ileira de Letras, cujo preside nte, em face da.quêle acon tecimento extrabr– diná rio. pedia o apóio da Academia Paraense de Letras. no sentido de se tlar ao fato o relêvo que lhe cumpria dispe nsar . li Imediatame nte, A Diretoria do Silogeu paraense tomou as de vidas p~o– vidé ncias no sentido de serem aquêlcs despojos recebidos com a máxima sqle– nidade, o que de fato ocorreu. Entrando a Academia em entendimento ·com 0 1!,r. P r esidente do Instit utto Histórico e Geográfico do P ará ficou resolvido que os des– p ojos de J oaquim Caetano da Silv11 serlr.m <:onfiados durante a-sua perma9ên-

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