Revista da Academia Paraense de Letras 1955

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSÉ DE LETRAS 71 Mas Lauro Sodré é a Amazônia, é o Pará, é o Exército, é a Pátria I E para nós de Mnto Grosso, é o paraense lnesqueclvel que propugnou pela m.olor vln– culaçllo entre os nossos dois Estados, déste modo rranco e expressivo : "É muito antiga a aspiração de prender-nos por laços mais estreitos ao vlzlnbo Estado de Mato Grosso. Para resolver êsse problema os primeiros passos estão dados. No d!a em uma via-férrea pudesse levar homens e produtos de San– tarém a Culabá, nós não teríamos apenas dotado o nosso Estado de um grande n1elhoramento: ern o Brnsu lntelro que do.f havia de aufer-lr os maiores lucros. E disso Já nós aqui cogitamos em 1895, votando a lei n. 325, de Julho dêsse ano". "O assunto é dos que merecem atenção e cuidado. Dêle não podemos nos desinteressar . Em boa parte o futuro e a grandeza do Pa rá dependem dll580" . (Mens?.i;em, de 7 de setem)Jro de 1918). A vida Inteira de 'Lauro Sodré é um padrão de eleváçiio moral, dando sen– tido nitidamente cfvlco a todos os seus atos . Suas palavras ·e sua ação constituem uma glorlos9. bnrulelra, um farol de Intensa luz estelar a nortear o nosso patrio– tismo. Evoquemo-1o, relembremos a sua obra em nossos momentos de Incerteza, ou de desânimo. . . E vou terminar com a chave de ouro de suas palav~as na Mens!lgem de 1818 : . "E se a emanclpaçllo das nossas consciências e se o regime polftlco que adotamos de radical separação entre o espiritual e temporal fez que novos há– bitos e outras práticas sociais se crlassem em luga~ dos, usos e regras de tempos Idos, pondo os olhos na Im agem ldeO.l da Pátria, que é sempre a fonte inspiradora da nossa conduta de homens públicos, numa oraçlío cfvlca e fervente prece demo– crâtlca, a ela roguemos que nos guie os p~,sos a fim de que C!>da vez mais a sai– h,imos am!lr com entranhável ::féto e servi-la com dedicação e ardente zelo" .

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