Revista da Academia Paraense de Letras 1955

68 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LE'l'RAS que tenham de ser feit?.s para d esenvolver a indústria agrícola" e acrescenta que da solução dêsse magno problema - o Jevanta mcnt.o ela agricult,trH - estava dependendo a prosperidade futura d o P ará. Nessa mesma Me nsagem, de 1891 diz ,a ind~. aos lcgisladorc~ parawtst'S o Governador : ..Convencido de que pcj!\ ln~truçflo é q ue hnvc1noo;; de levantar Q nh·el n1oral do povo e mcU1t,rn1enlc i111p 1 r à consciêPcia l)út,Jicn o novo re~it,u·. a < sh, r~n10 de -?cl111if'lis trat;ft':) v 1 )tci L',_. n iett~ co(or•;c 1 , C'J 1 ltlu 1 ~mwJ,i at,slm. a u1es!na trilha, por onde tf'.'111 sido u go\·t ri1'J rapul,1! 1 :c.:-t!:' tle~tle o húc10 do a tual. ~u;tenta. p ,:,!itico neste Estado't'. · "'N'a certeza de que t e!!'! o e~D!no ~!"'.:-!!s~!oual. s.e~n o mestre cor.1 n r.~ . . cessá!"!a educação cie:iti.!!c.C! ~ !!t~!"r!a cam l'- suf!:=.!et?t= ext::rcitaçJo ?1::is !!1étot!oS de enGil!o, · são i!!!!"ut~~!'..13 t.:J-:!2.g e s de::pes!?s fe it~; c01n ~ instruç.ão cr-!!'!::ãria, t~atei de co1?server e!"!'? a!t!:l !·ü~•s! a B:~c.-:-! 1. 't◄orrnal". • Na sua Mensagem ep r esentada a o Lfiii~latfrn d o E3tado em 1892 dJ.tlâ Lauro Scdré sôbre êsses prdblemas : · "É ponto par11 o q•t~I esp rclal•ncn te cha nh , a , u,&a jud1dosa :1te nç:_io, e:;– perando de vosso palrintisrn o t 1 do c nvid;11,cis para .!'.ocrttucr dês-.::c estr.·tu de . abatimento 11 agricultu ra. que no conccit'l d e~ flsiocr atas era classificad a como a indústria produtiva 1: : r excelêncir., e a j , ízo dos mod er:1os a prime ir~ indús- tria do homem. , "Até aqui não Wm os poderes p úblicos acudido a auxiliar ês~e impJr– t antíssimo ramo da indústria q ue dada a {e'r acidade do nosso solo. a f&-;llidade de con'llinicações, cortado como é o territ">rio' paraensé de: tant::>s e tão ilnpor– tanteS rios navegáveis. se nos est~ i!np ~nt:lo éomo a n ossa nnturc l e utilíssima ~upq~. . ..Pode-se à t.rma r, escreveu aut:>ridade cómpétentissima. que a s ituação da a : ricultura em Ln1 pois é o 111elhor sina1 eia• su 2. riqueza. E~ta indúistrla tení. com efeito , conexões tgf~ con1 a ("irculaçi\o dos capit=1is e com o be1n estar da popuJa<;..ão. que pode ser ela considerada co1no uma éspêcic de barôn-1etro econon1Jco"'. " P enso que é de ce rto e. criação e cllvultaç30 do ensino agrícola, millis : lrado espe,cia h11ente sob o ponto d e vista prático, único verdadei ramente útil. fugmdo a formação de doubr es-agrônomos, que na vida prá tica f.azem d o per– gaminho titulo para e ntrar no gr ande exército ele funcionaUsmo. fugindo · ao c~.mpo d :a atividade industrial. · · '"Criemos uma Escola Agrícola , e sqndo possível estações agronômicas. como ,possuem-n:1s cm tama nhas cópia ós Estad os Unidos d a América do Norte . onde ~6 no a no de 1888 fundaram-se 26.. . Len1bra ;1 sei:;uir, C0'!'0 un'l-' 1ncio pr.ra facili tar e desenvolver g rande.- · nicntc a asricultura, · a cons trução de . u1n ranrn l. da E. F . de Br:tgunca, p ara. Snlinas, com e~tudos já então feitos pelo e ngenhe iro Manoel Oclo rico Nina Ri– beiro. informaJ1do · cjue êsse R~.mai teria J 16 Km e custaria 2,1 con tos p or ctui– Jnme tro, ou scj" a r edu1.ida soma de 2.784 contos . ..Deve · continua r c;o,n!' uhjetq · de nossas - toirigé-se aos Ocpul~du,;) - c<m sta ntc~ preo~UJla<;ões ',\ i!1str u 1 ,io pública''. ·E í,rosscgu~ nesse cap,11110 <:i– I~nd o ,:, Relat~ri_o do _Sr. ~osc Vcr1sshno, quf? ' 'bem t riste foi o legado <')uc nesse n1111t, da 2.1n11n1straçao publica recebeu o t;"ovêrno... . _ " A or gani7..ação do e nsino lêcnico. di$Sc-o já alguén, , não é u:na s1111ptcs qucstao de pedagog ia, antes é uma quc~"tfo vital para todos os povos modernos, empei1ha clos nessa luta travada no J e n eno d~. produção e d as perm_ut~s. Nos t ~rn".10s, _de que hoJc se e nlrtem o drama da vld?, das nàções ,. pohc1adas. a vitória ha d e caber ao ma is aparelhado. is to é ao mais instruído · Em 1893, a inda L auro Sodrê insiste : ' . . . '"Devem ct ' .tínuar a merecer-vos cuid!}dosa ?-t'cnção os nci:õcios d o éns1no publico . ."Convencidos d ~ que . " " fase de c,,,incnle autorid ade amcrica11'.'· - 1 'J 11 povo m stru1do procu1 a a J1berclade e um povo •~norante O despotismo, tao natural e fata lme nte _como 2. agulha do marepntc s \ rrige para o polo !TIªl!nélicq - . dc,·cmos prosseguir .nil tarefa encetada de levan~ ~ada vez mais o 111vcl moral do pov~, pelo . alargamento d o ensino público.. . . . A anda. sobre a necessidade d e estimular a cu!Lura, a clarivtdéncaa de L;,uro Sodrc apontava_ aos legisladores parue1>scs em sua Mensasem ele 7 d e a l>nl de 1.895. o seguantc : ' º_'Não h ~ negar que entre ás mais e ficazes rovidéncias f igura a crí,.,ãc, do e:,sm o_ ag1·1cola, do que tra,te i e,l\ minha M ~ d e l 892, solicitando-vos :i funclaçao de uma Escola Agrícola e de Est e '.!-5 · gem õmicas, ao modo d as que possuem os ·Estados Unidos da A~é i açoes •-~ron NA Ml'nsag c1 1 c1 ,.. r ea do Norte''. . . · Pm, e e fevereiro d e 18!! 7 encerrou o seu pri me aro pertodo d e Govérno ass· . • , com que - m a ndo . pe l~ neccssid"de d"c esi~~,if,.rcir~~s.,:i o Governador L a uro Soclré, cla- ..A essa necessidade acudistes • coa ái; rac,!Itura : . t a utorizando a fundação de uma escola d; a~r~~lt~~~ tef;·}cn~~ ~;ri~o~ad~10 ~i~~: o

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