Revista da Academia Paraense de Letras 1955

1!6 l'tEVlS'l'A DA ACAD.Ell'IUA PARAENS.l!! OE LE'J'RAS do P e.rá . depois dos quatro anos de Govêrno sereno. eficiente e denwcrátlco clêsse prefeito estadista. que é' o General Alexandre 7.acarias de Assu nção, apre– senta-nos uma situação econômico e financeira de franca prosperidade. O Es– tado do Amazonas está confi2.do . desde há pouco á esperançosa varonilidade de um Governador moço e naturalmente desejoso de vincular o seu nome ao inicio ali dos novos processos da administrar, em que os interêsses pP.ssoais ou de l!rupos se subordinem aos da coletividade, estabelecendo a normAlidade na "º ministração e na vida. econômica d,iquêle Estado . Gfliás. Mato Grosso e o Maranh ão já estão hoje em franca prosperidadP.. Os Territórios. notad2,mente os do Amapá. do Guaporé e do Acre, vão marchando denodamente na rota do progresso e da evolução econômica e o do Rio Branco se esforça por acompa– nhá-los. Não! Não estou divag,indo ao pressentir para muito breve o novo ciclo da transbordante pro~oeridade Amazônica, que, espero em Deus, será melhor aproveitada pelos dirigentes da região do que o foi a do antigo ciclo áureo da borracha ! E para fechar estM breves consideracões seia-me licito transcrever. como homenal?em à Alta vizão os antigos estadis t'IS do comêço do século XIX, as seguintes instruções. extraidas da carta. datada de 27 de abril de 1809, ne. qual n Conde de Linhares transmitia ao Governador José de Menezes ordens do Princ'.:>e Reeente : Carta do Ministro do Império, Conde de Linhares, em 27 de abril de 1809, ª.? Governador e Capitão-general do Grão Pará, Don José Narciso de l\lagalhaes e Menezes : "Com o maior e ma.is vivo interêsse manda S. A . :R . reco– me!'dar a V• ExciP. e aberturP. e ser,:uimeoto da navej?açáo para G01ás: _donde esper? o mesmo AuJ?usto Senhor. n ão só que resulte a facthdade ?ªS c~munlcacões. - brevente espero eu por uma Pa– rada, que vru partir por Goiás pa ra o Puá visto achar-se fr;inca a "º!':'unica.c;ão_. pelas providências oue V . E~cia. e o Governador de Goias podera.o escre.ver mais lariiamente a v. Exa . - mqs que t':'mbém 5 ~ siga 2.0 interior do Bra~il. um aumento incalculável da r~queza, visto que de Goiás nade descer ao Pará alJ?odão, tabaco, a roz. couros e peles . de viado. carnes sP.cas e sall(adas. e muitos outros ..objetos que da1 se exportem e enriqueçam · ambos os Paises. ' b. Ta.mbém ~ mesmo. Senh_or espera que promova descobertas s? te :is navegaç~es dos rios Xmgu e do Tapajós, que por meio do ~• 0 :rmos P_oderao um _dia ~a r cirande salda aos frutos de Cuiab~. .C! e tatmbem para o interior do Brasil dará grandes e incalculá– ve1s ve-n agens''. in.~Ernesto Cruz - "Procissão dos Séculos". p:í.g. 118. Ei:a ~t•dÁnteme_nte a antecipação do sonho de Couto de Mal?alhães. da n~~â!ª~~~lenºde n~!gtª'ª• sonho que a Valorização da Amazônia vai tornar rea- Lauro Sodl'é o Pará e o · · Epopéia clangoros ' d • b .. s <rrandes feitos c1vlcos da Nacionalidade : da República I Refregas ªm O ª. ol,1c,on,smo ! Pugnas intensas da Propaganda primível dos choques entr emora;~lS da Consolidação do reiiime ! Eclosão irre– meiro qu2.rtel do século ni {; 5 • ois t!randes partidos que disputavam, no pri– entre duas concepções eia org a r_a, ª- direção política do Es~ado ! Lutas vibrantes talidades que tinham n anizaçao estatal. Duelos orator1os entre duas men– novo regime . último qu::rt:i8~~uI~a. os mais fortes espíri~os. do ~ntigo e ~o majestoso em que atuou um dos .J:'eno e a lv?r~da da Republica, ~1s o cenário e valoroso povo oarnense co r· P aenses mais ilustres a quem o independ~nte do Estado - LAURO NINA n5 ~~Rfor duas vezes, a alta direção dos destinos Nasceu o insil!ne brasileiro " E SILVA. . nhora de Belém do Grão Pará f em 1859. nesta bela cidade de Nossa SP.– jado e heróico b,rndeirante par~eis:dada em 1_616 e de <_mde, em 1637. . o arro– f!. real incorpors ção da Amazôn ia 110 ~e~ro ?-'e,1xe1ra p:3r;La pelos altos ri?s para mente a Unha de fronteiras fixada no omtmos brasileiros, alarg~_ndo imensa- ·cta aureamente marcada pnr f 't . famoso Tratado de Tordesilhas. E sua ~:n ia.r honr~do em J 6 de j unhoe~~\~~:~queciveis, .te rminava na quitetude de P erdoa1. se a neve dos m eus cabei 'd f com embaveciment? para as cousas do os. no entardecer da v1. a me az olhar ésse primoroso pohgrafo que foi Fra c·passado. Escreveu e~ livro encantador . ento saber recordar é virtud n isco de Castro, que para o homem de s~n tu~esmo•· e "olhar para traz J e desconhecer o passado é ser ingrato com– sigo har à frente''. Seja-me ~r e quando em quando, é o melhor meio de camlnte modesto elogio do pa'tr~nota~to, relevado que eu olhe pare. ~ passado : 1:ve;u, recorde, em breve, rá pida !v;ade}ra ~ que a ~oss.a ge,:,eros1dade me mente impressionantes da História. Pátrtaçao, esse~ epis~~' º!· tao profunda- t modes to. daquêie que f • ª· nns _quais o pe1 f1I . impl<;s, exaqera- damen e paracnscs da República ºt'• com ~noccncio Scrzedeio Corrca. um dos maiores t ! d ! · eve nota vel a tuação Quero evoc~r nesta~ palavras pro oco a,·~~ 0 e osLo ao P&lçouo da çad~in1.' p\lltivra~ n ipas~iula_ij tl,13 o

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