Revista da Academia Paraense de Letras 1955

A REVISTA DA AéADEMIA PARAENSE DE LETRAS llt li 61 p u • B L 1 e D A D De TITO FRANCO DE ALMEIDA (Patrôno da cadeira 28) E Mas a publicidade oficial dos tempos antigos não satisfaz as necessida– . des da publicidadE.· moc!erna. Só a imprensa jornallslica, sexto sentido do!: povos livres pode ser órgão de publicidade cm nossos d ias, com a sua intervenção diária, ativa, perma– neme; porque fala a todo mundo, aos amigos do bem público para fortalecê– lo~. aos inaiferc:11tes para despertá-ios, cativá-los. atTastá-lm,, e aos adversá– r ios e in imigos para combatê-los e derrotá-los. Só a imprensa, servida pelo vapor e pela eletricidade, pode fazer ouvir a opiniát, que é a voz da nação: esclarecer os cidadãos sóbre todos o~· seus d 11·cnos, que ela guarda vigilante e conserva com firmeza; denunc iar a infi– cJclidaC:e, as injusLiças, as traições: trabalhar quando todos descansam; obser– var e vêr quando todos dormt·m: combater quando todos enlanguecem: l ut;ir cont1·a a calúnia do!:' máus, o ódio dos inimigos; e até contra a i njustiça dos a:nigos; analisar as decisões j urídicas, comentando os fatos, reivindicando os <·ll'e1tos, denunciando ou acusando os ê rros do espír ito ou as maldades da von ,acte; fa lar, talar sc.npre, embora rodeado do s11enc10: interessar, apaixo– nar ainda no meio da monoton ia; agitar, posto q ue E.·nvolvida pela imobilida– a e: espancar as brumas aos prejuízos e de rramar constantemente raios fulgu– i-antes, que alumiam a vida dos povos que aquecem os seus dias de tristeza, e qu<: racodem t reanimam todas as suas esperanças e virilidades. Não é a imprensa o éco somente do que se diz, a repercussão da im– p ressão geral; ela ensina também, passe do conhecido para o desconhecido, do ,aro corrente ao fato futuro, do malc:rial ao ideal. das relações atuais às v in– uouras; mostra a evolução contínua com que a huma nidade tran sfor ma-se e r efaz o seu deslino; clivisa a borboleta na crisalida; e na sua apreciação de uma hora não i:-erde de vista o dia seguinte: ,que ca da instante pr epara. A imprensa é mais do que um órgão e u ma representação; é o ensino que part<' etc- urn foco de luz. <Da Rt-v ista Amnzônicn - 'l'omo 1. 0 - Pág. 132) N. do R. - A p:íg ina ocí1Ylu foi gc-nrnn1~nl<' orei't'l'irla à l{cvisto c!:1 Acti• demie Parnense de Letra& pelo dr. J osé Carneiro da Goma Malcher, il ustre jurisconsulto paraense, ex-governador t!o Estado e ex•prcsidc:nte do Banco de Crédito da Amazônia S.A., a quel"Jl ,de público, apresentamos o testemun ho de nosso npt·c~o e d!l nosao agradecirne:nto,

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