Revista da Academia Paraense de Letras 1955

36 REVISTA DA ACADEMIA PA,RAENSE DE LETRAS l.'lios da minha terra. possa eu sempre sulrar ;,s voss;is on das, tão alegre P tão feliz oual n a feliz infância; 'T'iío de,:,cuido~n de paixões mesquinhas: E. na " ieara" do Amor. o amor c;,ntando. entre os~sorrisos das gen tis morenas. cnrram meus dias pelo rio da vida. até perder-se no iniinHo pélago. TRAÇOS B!OGRAF'ICOS DescendPnt 0 <ie uni;,, das intimoratas bandeiras paulistanas. infil\raê.a, rne;,rlo dn s<>culo IX. nr, intrincado e mi~·terioso la birinto das r.orredeiras ama– ?ônicas. ôe h ·tbui". r in T"'·an tins abaixo. rebento rle uma f,imília que: assentilra ! enrla erri. ;rauaré tributário à margem direita do grande rio. atraída oelos sonhos r)e cooauista das nossas riquezas embrenhadas nas selvas ou sepul h1d,as nos leitos dar trôoc·gas vertente. veiu ,Juvenal Tavare, ~ luz da vida, na cidade de Cametá. a ?.! dP junho fü• J 8!\0. onde ensaiou os primeiros passos. Jntern~rlo no Seminário de Santo Antônio. dêsde cédo demonstrou r->xtranrdinário nPnfor p,ira iis letras. Fez com aprovc:itamento o curso se– cundá rio. aoerfcicoando-se em gref!o e latim. grangeando, por isso. admiração ,, simpati;.i de seus c0lei-ns e 9 carinho a postola r do virtuoso e s-abio prelado D . Antnnin IV'acedo C'ost;., . No Col.éi:iio de Sant3 Ma ria rle Belém. Juvenal Tavares, contan(!o ape nas ~2 anos de idade. exei·cE·..t nor muito tempo o cargo de professor de O01,tuguês ') franr-ês, em cuio rra~i 0 tério pôs à prova a cintilância do seu es:pírito, pre– pa rando para o fulur o um numeroso contingente de moços da geração ,de sua época. Convidado pelo c-apitân Ma i celino J\Tf•ry, irmão no ilustrado e saudo,o sr. Rarãn de Santana Nerv, ingrossnu nas lides jornalísticas, entre 1873 e 75, rcr:atan do o jornal de combate '· A 'l'ribuna ' ' , rle propriedade do p1•imeiro ,e,,, cujas colunas dc:fendeu com 1.Jravura e patrio1 ismo. o plano rle nacionalização d? comércio a retalho, que as migrações estrangeiras açambarcavam ganan– c10samenle. Nessa. arrojada campanha puramente brnsilPira, Juvenal Tavares en– frentou. sozinho, as refutaçõc-s de diversns jorn alistas, entre os quais, Ferrer F arol e J:>inheiro Chagas, pe nas .qu c- se empenharam a serv iço dos interêsses av~ntu re1ros. como. d iga-se de nassagcm, tantas outras que, presentemente, existem por iodo êste Brasil a fóra. Religioso, à sua feição, manifestando idéias livri>s que conlrastavam -com ~ serviçn de_ catequesE: dos missionários C'alólicos c'aquele 1-e nmo, Juvena l TavarC's. SPntindo-se vílima de persegukões i·efugiou-se em Cametá, seu be:rço natal, e. ali fundou um semanário a que deu o nome de " O Cametaense". . Exerceu durante 5 an os, naquela cidade, o cargo de Promotor Público, dai! retornando a Belém, C'm 1875, parn rcdakr "A Provincin do Pará". . . . Colaborou também no "Jornal r!e Noticias", fazendo a campanha abo- 11<;1onista, em companhia de seus colegas João Campbell, A1'!lado de Ca mpos, P;,rlua Carv:-ilho e outros. Triunfante a causa da liberdade. a 13 ele ma io d<' 18_88, mudaram a fr>icão oolítica do jorn>1I e nropalaram a idéia republicana culminada C'Om o advento da República F ederativa. .. . Depois de seu livro "Pirilampos", .ruvc:nal Tavares put•licou ainda. Verses.,Antigos e Modernos", com um prefácio de Barroso Rebelo; "A Vida "ª Ro~a • contos: '' Serões da Mãe Pf'Lra ". c-on,os para crianças: "Casos e Mais Casos.; contos: '' A Vapor t' à Máquina", impr(':;sões de viagem; "A Viola dP Joana_ , vc-rs~s populare~·: "Ensino Cívico" obra d idática, e d i\·ersos panfletos que f>ZE:_ram epoca. na aprecieção da imprensa par aense. . . _S?hre o de_sa_parecimento d€: Juvenal Tavares. transcrevemos abaixo o !)Otic1ano necrolog1co estampado na "A Pro·.incia do Pará", no d ia 1 o 0 de Julho de 1907: · "Um telegrama que nos foi transmitido dr Soure .in forma Ler falecido ili, onh.:;n, 0 <'l'nt,e-:1clv r pop1.11,.,, P(l\'tll. I.uiz Qçrm;ln<i J~w<:11al 'l\1.varcs, o

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