Revista da Academia Paraense de Letras 1955

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE L t::'l'RAS HOMENAGEM A .JUVENAl .TAVARES De RODRIGUES PINAGÉ Palestra proferida pelo acadêmico Rodrigues Pina– gé, no salão da Biblioteca e Arquivo Público do Es- tado, em Zl j6J1954. Sr . P residen te. S rs. Aca dêmicos. Exmas. Senhoras. Exmos. Senhores. Nesta sessão extraordinária e de capital impor l!áncia no mui:id<:> das letras, o Sodalicio P araense coadjuva hoje, com uma parte de ~ua ~1bh ok::a o nobre empreendimento do sr. di retor dêste Departamento:º h1stonador _Er– ne!;to Cruz. expondo ê. v isit.ac ;ão pública várias obras ~e escritores da pla nic~e. monumf'.n!os espirituais que O sopro das éras e a indiferença dos homens nao conseguira o poluir. E' a primeira vez, no P ará, que assistimos tão deslumbrante e patriótica fest::i dE.· luz. Aí estão os archotes e, através de suas chamas, a presença _da– queles que nos legaram ésses inestimáv<>is tesouros perpetuando, na ti:ans1to– r iedade da vida. a passagem de tantos sói~ sem poentes. Dêsd_e: o primeiro poeta que apareceu em Santa Ma_ria de Be)ém. do Grnm Para, até aos atuais tangedores da lira moderna: desde os pnmell'os ron:a~cist_as. teatrólogos, ensaistas, compositores musicais. et~-- até aos qu~ se esp1ritual!zam nos mesmos m isteres, na h ora presente, aqui recebem hoJe o calor da noss_a admiração. . • Aproveitamos a oportunidade para su plementar esta Expos1çao com uma parte da biblioteca da Academia Paraense de Letras de vez que o S 1logeu ainda r:ão possue séde própria para êsse fim, lacuna pela qual as suas admi– rnstraço~s. há tantos anos, vêm se desdobrando em esforços ~a ra preencher. Cmquenta e quatro anos são decorridos. pesa-nos dizer, n esta terra on~e o~ portos e as estradas se e~'Cancaram, numa palpitante demonstração de solidariedade humana. facilitando e prodigalizando pousada e sombra a todos quantos para aqui se destinam, individualmente ou em grupos numerosos; onde qualquer ~srnciação, por mais modesta que oareça, adquire, prepara, ~e.cora, legaliza e m stala sua séde social· a Academia P aracnse de Letras, sacrano de tant_os .v?lores_ renomados e aqui' desaparecidos. de tradic:ões dignificantes que ª. H1ston~ ~-e~1stra, por seus inestimávds serviços prestados ao P ará e ao Bra– s1_I: repo_s1to!'10 de luminares vivos que honram e nobilitam as letras nacionais, a md_a nao l!vro~ -se de andar, como se diz na giria, com a bag?gem na cabeça, rcal1za~do sessoes e:n salas empre~tadas - pobres ricos - amda não possue um abn go pa ra os r<>presentantes da cultura maraioara. Prova é que estamos realizando hoje esta exposição, na sala c'e um dos Departamentbs públicos do E~tado. A atual Diretoria do nosso Silog1::u, entretanto. promove presentemente a campanha para aquisição de sua séde própria. Com a graça de Deus e o concurso de todos os que se interessam pelo progresso do Pará, teremos reali– zada, dentro de poucos meses, a nossa justa aspiração. • o • Ningu<'m de bom senso pode contestar o carinho que os mG-us ilustres par_es vêm dispensando às idéias que visem o alcvantamenlo cultural da pla– n!ClC e o d c;,(IQIJl'UPl1.niu eta~ nos~a~ aU\ictuctcs a:;~oc1ativi1s, muito cmboni. (,;n• o G

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