Revista da Academia Paraense de Letras 1955
REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETP.AS 35 absolvição que não sei bem se alcançarei. . . Faço a revelaçã o em público, pedindo rigoroso segredo. Sois um poeta. positivamente um poeta ! Ora, ai pelo ano de 1946. fizestes um bonito sonete que eu, impenHentemente, e sem a vos!ia a utorização, passo a lêr : Felicidade, estrêla apetecida. E>e longe vejo a luz dos teus fulgores, Do monte Nebo dos meus amargores, Como Moisés, a Terra Prometida .. . F elicidade, glória indefioid~-:l-' Felicidade, luz de mil Taborelf ! Felicidade, pélago de flôres ! Já me cansei de te esperar na vida . . . Felicidade d'asas luminosas, Quando tu passas pelos meus caminhos, Deixas apenas vozes enganosas.. . Felicidade, leva os te us carinhos: Que eu ~into as mãos de Deus, mãos milagrosas Abr indo rosas sôbre os· meus espinhos... Padre ilustre, - um dos livros que tenho à cabeceira é a Bfülia s-agra– da. que considero o mais belo dos livros. Abro-o calmamente, sem página fi– xada. E releio éste conselho de David a Salomão, ao morr-er: " . . e guarda a observância do Senhor teu Deus. para andares nos seus caminhos, e para guardares os seus estatutos. e os seus mandamentos, e os seus testemunhos, como está et·;:rito na lei de Moisés: para que prosperes cm tudo quanto fizeres, e para onde quer que te voltes".
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