Revista da Academia Paraense de Letras 1955

!32 ltl!NfS'l'I\ DA I\CI\OEMIA l'ARAl!lNSE UE Ul'l'RAS D O I S S O N E Ti o s De LUtS TEIXEIRA GOMES (Jaques Flores) -1 - CAVALEIRO DO Vai. Se~ue firme, olímpico, vibrante, sob o rebôo férvido das trompas. SONHO Mas que o louvor da turba não te encante e as cadeias do senso jamais rompas. Qual um templário' de viril semblante, que, das vitórias estadeia as pompas, assim tu sigas, Cavaleiro Andante, sem que, na marcha nunca te interrompas. Seja-te o orgulho da nobreza a signa que hás de empunhar, por êsse mundo a fóra, em atitude valorosa e digna. E, ao regressares ela jornada, clama, e canta, e vibra e te contorce, e chora, aos apinicios triunfais da Fama ! ABANDONANDO - n - GRANADA Alguém, - de um coração, - é o deposto monarca, que olha o extinto poder magnüico de outrora e, alma vencida, e em dôr, no triste olhar abarca sua Granada, além, fulgindo sob a aurora. E o Boabdil elo Amor para a aridez sem marca do d est ê rro se part e e de tristeza chora ... Tanto nunca chorou o lírico Petrarca nos sonetos à Laura, em sua ideal mandora . .. No causticante Saára inóspito do exílio, terá do imo esplendor elo seu passado régio lembranças imortais, - em perene concílio . .. Pobre kalifa em dor, o orgulho enfim acode-o. Fita Granada ao longe e, do aureo fausto egrégio, do ti·ono que pcl'Clcu, sente sau.<l.1(le1i e ódi11 ! . ., .... I .

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