Revista da Academia Paraense de Letras 1955

tD o hEVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRA!!! ~-tWt~..."' '' .!'.., ,,, " "' ,..: ~ ... 1:t~l~~~.. ,"u_,L.:h .. hà,11111tt..~•-_..._,••_............. Era aquêle, portanto, o momento mais propicio- para o- desfecho do golpe ao absolutismo que a Junta representava oficialmente no Pará. Compreenden– do, por isso, .!!S vantagens da situação creada pela inepcia da própria Junta, os conspiradores reuniram-se na noite de Ano, em casa de Batista da Silva, para adoção de um plano definitivo. O alferes Simões da Cunha e Patroni, desde cêdo conversavam no interior da loja. Chegado que foi o último conjurado, Ba– tista da Silva levou-se a tomar ,lugar em volta de umP. mesa, onde se puzeram Jogo a discutir sõbre a escolha da data para a deflagração da revolta. Uns desejavam que o motim arrebentasse pela madrugada, para evitar qualquer rea– ção da cavalaria, cuja !ldesão ainda era duvidosa. Mas Simões da Cunha, re– Jletindo talvez o pensamento dos coronejs Vil.aça e Barata. que não tinham com– parecido, para desvillr suspeitas aos inimigos, logo rebateu êsse alvitre, dizendo: - Amanhã ; como sabeis, é dia de revista de mostra. Todos os regi– mentos deverão estar no largo do Palácio do govêrno, para a formatura habi– tual. O povo compareceria em mass..~. para assistir á ceremõnia ; e, ai, de acõr– do com o coronel Vilaça, que será o primeiro a chegar com o seu regimento, daremos O sinal de revolta, enquanto os soldados confraternizarão com o povo, derrubando de vez com esta tirania que nos está asfixiando. E espemndo pela aprovação : - Os senhores não estão de acôrdo com êstes planos ? Não houve mais relutância. E dai a momentos, Patroni e Simões da Cunha, saiam para comunicar aos seus correligionários, que o motim explodiria âs primeiras horas do dia 1. 0 de j.aneiro de 1821. No dia seguinte, como haviam previsto os conspiradores, a Junta era d~– posta. com a vitór~ definitiva dos constitucionalis ~as, obreiros in~onfu~dfve,s de uma !dela que O patriotismo transformou em reahda~e e que seria. dois anos depois, a chamn clvica que havia de iluminar e conduzir t>, Porá, para o~ Q'lOVi– mentos redentores de Abril e Agôsto de 1823 •

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