Revista da Academia Paraense de Letras 1954

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE , LETRAS_ , Dois Poemas de GEORGENOR FRANCO MARIA este poema foi escrito à meia hora da madrugada ' ele 25 do corrente, uma hora depois do nascimento de minha filha Maria de Betânia. Ma ria, os sinos vibr;i.m ! Natal ! Natal ! Jesus nasceu ! E tu chegaste no dia mais feliz do âno como a expressão mais bela da ventura. Maria, o teu nome é a paz e é amor. Os sinos vibram. Natal ! Natal ! Jesus nasceu. As almas se ajoelham, preces são ergttidas, os homens se arrependem, as criancas vibram, em sonhos, o ódio sf\ enver~onha de existir e de brutalizar e o s.i.crliirio de Maria a todo~ abenrôa. Maria, não te vi ainda, minha filha, mas já te canto em versos e éscrevo um poema em teu louvor. Deixaste de ser sonho para ser a verdade de tantas espera.ncas e o mais lindo brinquedo do Géo idolatrado. E o Géo dorme e eu velo o seu sono de criança que fascina. e que fez os que me negam, ou me odeiam, compreenderem a grandeza desta alma que nunca será minha, porque é de todo.s a alma dos po~tas. Maria de Betânia, não te vi ainda e exalto tua chegada nesta noite tão cristã, nêste dia tão bonito, tão grande, tão enobrecido, ho qual ninguém odeia e todos se procuram e todos se revelam. Maria de Betânia, minha filha, encanto da esperança, não te vi ainda e canto, em versos, tua chegada. Os sinos vibram ! Natal! Natal ! J esus nasceu. Orações, preces, sú11Hcas, pérdões. Há saudades sem cura nq esprrito dos filhos órfãos e esperanças maior es no cora,;ão dos que acreditam. Na capela de Maria, de IVfaria de Fátima, verde como a esperança de todos os aflitos, as filbas de Maria entoam cânticos sagrados em louvor ao n.iscimento do .filho de Maria. E Maria é o teu nome. E farás do teu nome, que é p az e é amor, o orgulho, a ven tura e a glória tl o teu pai. 25 - 12 - 953.

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