Revista da Academia Paraense de Letras 1954

62 REVISTA DA ACADEMI A PARAENSE OE J.Ts'!'RAS Otávio de Freitas nasceu na ,·idade de Terezina, Estado do Piauí e ao Estado de Per.r:iambuco entregou tôdas as energias do seu espírito moço, tôda a sua experiência quant o entrado em anos, tôda a sua esperança na juv entude de sua o.ífria, quando sentiu que a velhice lhe quebrant ava as fôrças. E J:?eu s que ~ justo e _oniciente há de tê-lo na sua glória, r atifi– cando assim a aureola _gloriosa que o cercou na vida terrena pois viveu amando o próxiino na orática cotidiana das virtudes cristã s. Pela sua benemerência excelsa e pelas suas virtudes de após– tolo da Medicina bem pode ser oroctamado um "cidadão do mundo". para o efeito de lhe ser perpetuado a memória pela gratidão da huma- nidade sofredora: - RES{1MO O AUTOR rememÓra o alvorecer do século XX, quando agonizava o Romantismo surgindo a Escola Natura1ista que encontrou como principal representante Aluízio Azevedo. Faz um r etrospecto histórico da vida literária e cultural de Per– nambuco destacando Tobias Barreto e sua incontestável in– fluência, dentro e fora da Faculdade de Direito de Recife. Lembra os nomes de velhos clínicos que se destacavam como "estrelas de pr imeira gr andeza" no mundo científico daquela época, dentre êles. Otávio de Freitas. Fala da tuberculose pulmonar que então camp~ava infrene em P ernambuco, quicá no Brasil inteiro. e dos trabalhos de Otávio de Freitas que já se esbocavam no sentido da tisiologia. Faz ainda um retros– n ecto histórico do terr ível morbus destacando os nomes de ilustres homens de l etras qt.:e tombaram vítimas da peste branca. Lembra a entrada do micróbio no Brasil fazendo a primeira vítima, o Padre Manoel da Nóbrega, e alguns anos ma is tarde um outro iesuíta de nome Francisco Pires . Assinala o ano em que se iniciou o combat e à peste br anca, pela fundacão da Liga Pernambucana. contra a Tu– b erculose cujo' princioal fundador foi o dr. Otávio de Freitas ; destaca as atividades d0 dr. Otávio de Freitas e a sua a cão h er óica e sem desfalecimento. buscando donativos p ara aquela in stit uicão oor meios engenhosos e inteligentes até fundar o primeiro dispensário, que teve o seu glorioso nome . Relembra ainda o autc r o noivado de Otávio de Freitas com distinta senhorita da sociedade p ernambucana, filha do provecto jurista dr. Miguel J oaquim de Almeida Cast ro. dis– cretea ndo sôbre êste assuntr oa ra da r lugar ao que deno- m ina "a voz do cora r ão" . - Trata deoois da fundad,o do Dispensário e do ato de sua im:1ul!uracão b em corno dos i)rimeiros médicos que tornaram a ~i a salvadora medida da laraoêutira e orofi laxia da tuber– rulose em Pernambuco . F a~a ainda de um outro disoensário denominado "L;!Iº Bral!a" onde foi cr iada a "Gota de Le ite" inst ituicão até então desconhecida Pm Pernambuco . Relemb ra a queda da orimeira Repúolica em 1930 quando surl!iu uma n ova ordem dE- coisas no oaís. atingindo a todos os setores da atividade humana. sofrendo também algumas mociificocões os Disnen sárim; da L iga contra a Tuberculose, tendo sempre na estacada o dr . ()távio de Freitas a combater pela l ,i'2'a, que r pela palavn, fahicta quer orla nalav ra eserita. Fala o au tor sôbre a s11::i v isita ao Recife em 1930, qua ndo Pncontrou o dr Otáv io de f',-,- ;1 ;i<; iá encane<'ido nas funcõcs ri.e dire tor da Fa cvldadf' dr• MPrlirina r ecentem 0 nt e cri;i,da . Lembra o convite de Otávio de Frcit::i.s oara visitar a Eseol1'1 sublime quP. I volino d e Va:c:concelos teria de chamar ma is tarde com justica e admirável propriedade de expressão "a obra prima de Otávio de F1'eitas". /

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