Revista da Academia Paraense de Letras 1954

/i,l REVISTA DA ACADÉMIA PARAENSE DF! Lt;:TRÁS do então Minist ro da Educacão e Saúde, dr. Belis~ri~ P ena, · eu consegui inteiramente favorável aos meus des1~~os. Nada disto demoveu o detentor do poder mumc1pal em 1931 que, em novo_ofí~i~. d~clarou-1ne nãp .P~d~r eu..." con-· t inuar na construcao 1mc1c:oa do. d1spensano , isto mter,~ pretando o pensamento de; Ex.mo. Sr. Interventor Federal naqu-ela época. . . . Aguardei pacientemenl~ que se modificasse ~quela im– pressão derrotistq, Q que veio acontecer a 9 de .m~ o de 193~; quando foi novaP1ente lancad a uma outra "Qnmell'a pedra do futuro dispen sár io, dest a vez muito mais amP.liado, como centro de estudos, de prát ica médica e de profllaxia socia l. O edifício ficou constituído de um andar térreo e um pri– me iro andar e dividido em dois pavilhões : - um destinado t a serviço de profilaxia, h!giene dietética e medicamentosa daqueles que procurassem a instituição e outro exclusiva– mente destinado ao preparo e aplicação da vacina B. C. G. Instalado com farta e bem cuidada aparelhagem, vem cuidando o Disp ensário do estudo científico da doen ça, de sua propaganda sanitária pelos jornais e pelo rádio, e p elas confer ências públicas feitas nos colégios, quarté is e fábricas. :E:le vem r ealizando também cursos de especialização em tubercul ose, para os médicos da capital, do interior e de outr os Estados, em colaboras;ão com a Faculdade de Medi– :ina, já tendo diplomado 25 tisiologistas. Vem funcionando desde o mês de maio de Hl37 e tem atendido a té o fim de 1942 aos seguintes serv iços : Doentes atendidos no serviço clin ico - 25. 163 ; instalações de pneumotorax - 240 ; r ein– suflação de pneumono - 5 .607; r adiografias 1.947; r adioscopias - 10 .896; tubos de vacina B. C. G. prepa– r ados (cada tubo contém 2 .:c de vacin a) - 42.325; cr ianças b ecege1sadas - 13. ! 23 ; visitas do contrôle do B . C. G . feitas em domicílios pelas visitadoras - 27 .478 ; crianças atendidas no Disp ensár io pdos pediatras - 12. 413. Com par ando-se a mor ta}idade infantil de 10 a 1 ano entre as crianças vacinada:, com B . C. G. e as não subme– tidas a êste meio imunizador, verifica-se que as vacin adas a ~reserfü,1m um coefic!ente ~e letalidade de 30 óbitos por mil nascimento. e as n ao vacinad as de 327, notando...ie assim que as v acinad.as_têm aipdó. um benefício muito grande com o uso d esta vacma. pp1s a presentavam uma mortalidade q uase dez vezes menor que a das n ão vacinadas. Estud~f!do-se t odos _os dados que _eu venho apresen– tando verifica-se que 11ao pequeno foi o ben éfico rendi– m ento obtido com o funcionamen to dos Dispensários anti– tuber culose, entr e nós. quQ posso resumir : l_. 0 - Du rante o :"u!:}cionamento do Dispen sário Otávio de Fr eitas, em colabor açao com a Insp etoria de Profilaxia da Tuberculose. o ·coeficiente de mor talidade dest a doença baixou de 480,63, por cem tnil habitan te, observado no início dos ser viços em 1923. P!ll'a 415,27 por cem mil em 1929. . 2. 0 - S ul!pe~sos os se_rv1cos do Disp~nsário e da Inspe– toria de P rofilaxia da Tuoerculose, por imposição da nova ordem de coisas determinad a pelo govêrno r evolucion á rio de Pernambuco, a morta liàade pela peste branca nov amente subiu d e" 415,27, onde se adiava, pa ra 443,99 em 1931. 3° - Reinstalada a Inspetoria de P rofilaxia de Tuber– C'!,llose, j_untamente com o iuncionament9 de três d ispensã– rios a nt1-t uber c1Jlose. nos cen tros de saude aqui existentes de novo a morta lidade po1 semelhante doença começou ó seu movimento de d escida, baixando de 443,99 par a 351 67 por cem mil habitantes . ' 4. 0 - A instalação do serviço de B. C. G. no Disp en– sário-modelo do Derby - fez 'baixar, por sua vez, a mor ta-

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