Revista da Academia Paraense de Letras 1954

/ ; REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS 157 saída senão deixar os originais na gaveta à espera de melhores ventos, talvez de um problemático concurso literário, ou de um bilhete de loteria l'remlado ... Isso no Rio. Imagine agora quando se trata de escritor da província. Ainda outro dia, remetendo-nos o exemplar ,do seu livro de contos "E êles vivem", impresso pqr sua conta, dizia-nos em carta um Jovem autor baiano : "- Els o meu livro, obra de estréia de um escritor de província, rapaz po– bre e sem a apresentação das "Igrejinhas literárias", o que vale por lhe dizer do quanto o lançamento do livro representa de renúncias, audácia, e, até, sacrlficlo. Não importa seja o livro bom ou mau. A coragem de p\Íbllcá-lo - eis o que é importnnte, no caso". O caso dêste Jovem, Antônio Figueiredo, é Idêntico ao de muitos outros. E' a luta do escritor para sobreviver num melo quase que completamente refra– tário à llteratura. CLASSICO MODERNO Um ,;los grandes · sucessos literários do momento, nos Estados Unidos, é o novo romance de Conrad Rlchter, "The Light ln the Forest'' (uma história cuja ação decorre no tempo dos pioneiros), considerado pela crítica uma das melhores obras publicadas naquele pais nos últimos anos. Para Dorothy Can!leld Flsher, por exemplo, o romance de Rlchter está destinado a tornar-se um clássico moderno da 11teratura americana.

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