Revista da Academia Paraense de Letras 1954

154 REVISTA bA ACADEMIA PARAENSE bE LETRAS ACADEMIA PARAGT:JAIA DE LETRAS A Academia Paraguaia de Letras, correspondente à Real Academia Espa– nhola, foi constlti.lida em 1~28. Mas, com o - correr dos anos, tornou-se acéfala em virtude d o falecimento de vàrlos dos seus membros, como Ceclllo Gáez, Manuel Domlnguez, Gondra, F. R. Moreno, Eusebio Ayala, Farina Nunez, Eliglo Aynla e Dellin Chamorro. Restam os quatro acadêmicos titulares Juan E. Q'Leary, his– toriador, Luls de Gó.sperl, Jurisconsulto, Justo Pastor Benitez, ensaista, Pablo Mnlt · Ynstran, professor_ da Universidade de Austln, no Texas, Natailclo Gollzó.lez, es– critor e poeta, J uan Stefanlch, escritor e A. J. Pera lta, professor. De ncõrdo com um representante da Real Academia de Madrí, no mês de d ezembro do ano passado, se procedeu à um escrutínio por car ta, cm vista da au– sência de seis dêles, para Integrar a Academia Paraguaia com 10 titulares e 10 correspondentes. Além dos sete acima, design ados, em 1928, pela R ea-1 Academia Éspanhola, toram ele!tos titulares: Professor Manuel Rlquelme, doutor em Fllo– sofla; José Concepclon Ortlz, poeta; Carlos Centurlón, escritor; Juan Vicente Ramirez, décano da Faculdade d e Filosorla; Marcos Antonio Lnconich, historiador; Mariano Morlnlgo, ensaista: Teresa Lamas de Rodriguez Alcalá, escritora ; Concep– c'.ón Leys de Chaves, escritora; Luiz Rufflneill, teatrólogo; e Jua n C. Dlaz, pr o– fessai:: de espanhol. Foram eleitos correspondentes : Effroln Cardozo, Jullo Cesas Chaves, historiadores; Miguel Peccl Saavec;tra, escritor; Hugo Rodriguez Alcalà, poeta e professor da Universidade de Wiscosln, ncs Estados Unidos; ·Justo Prleto, sociólogo e ex- reitor da Universidade; J . F. Perez Acosta, h!storlador; Herlb Cam– pos Cervera, poeta e cnsatstn; Roque Gaona, jornalista ; e R. Odone, escritor e Jorna11sta. Na primeira reunião celebrnd u em Assunção, em 20 de ngõsto do corrente ano, ficou resol·v!ao reoiganlzar-se a Academia, d epois de vinte anos d o recesso, designando-se como presidente horroró.rlo o s r. o·Leary. A direção ficou constl– tutda da seguinte forma: Presidente, o Uustre jurisconsulto Luiz De Gâsperi; se– cretário, J osé Concepclón Ortlz o tesoureiro, M. Antonio Laconlch. Ao mesmo tempo, concordou-se Incorporar à Academia os senhor es; Drs . Carlos Gattl, Gustavo Gonzales e Juan Bogglno, médicos e homens de letras; co– ronel Ar turo Bray, escritor; A. Roa Bastos, poeta; B. Cnssaccla Bibollnl, nove– lista; Padre A. Nunez, latinista; R. Sapena P:,stor, E. Saguter Aceval, Juristas; H. sánchez Quell, sociólogo; A. Enciso venoso, escritor; Theodoro Rajas, n atu– ri-.llsta; G. Bertonl, estudioso do guarani; E. Mendes Fleltas, escrltor; Leopoldo Benltez, estudioso do guaran1; Luiz Á. Lezc!lbo, professor de espanhol; Gonzales Alslna, ensa.ista e Vicente Lamas, poeta. A IGREJA E A QUESTAO RACIAL A UNESCO Inaugurou uma nova coleção de ensaios subordinada ao titulo gera l "'A questão racial e o pensamento moderno•·, que se· desenvolverá paralela– m ente com " A questiio racial diante da ciência moderna" . O prlme!ro trabal110 aparecido é " L'égllse cathollque devant la questlon rnclale", monografia do padre beneditino Yves M. J. Conga r. Em forma condensada, o padre Congnr apresenta uma documentação considerável sõbre os prínclplos que gulam a Igreja no. do– mínio esplTltual e oemporal, resul tando dai a demons~Tação de que o catolicismo condena, por tradlçlio, n discriminação racial. A conquista dn América abre ao a utor dêsse pequeno ensaio oportunidade para uma exposição multo clara de certas disposições legais e das lições do padre Vitória, que co,ndenam as pretensões do colo11lalisn10 violento e proclamam o cll– r eito n atural dos homens, sem barreiras de rnça ou religião. A Igr eJn, sustenta êle, uerende a unidade da tamflla humana, reconhecendo embora as dU-ercncla– ções d :is grupos dist rlbuldos na terra. As diferenças, entretanto, obedecem a mu– t ações h istóricas e geográficas que o tempo condiciona e pode alterar,

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