Revista da Academia Paraense de Letras 1954

150 .REVISTA DA ACJI..DEM:IA PARAENS!l: DE. LETRAS uma obra que toma partido. seguindo as Instruções aprovadas p~la Academia Bra- sileira d e Let ras em 1943. · Se reproduzisse, corn as multns correções neccssál'las. o vocabulórlÔ edl• tado naquele ano e h á multo Já esgotado, teria grande mérito. Não se limita a Isso, consigna mais cêrca de 15.000 pala vras. Inclusive grande n ú mero de brasi– leirismos, assim como o plui:al de nomes compostos, fon te de cons tan tes di.!lcul- dnd es . ' · O " VocnbuJá.rlo Ortográfico Brasileiro da Lfngua Port uguesa" foi organl• zad o por Man uel d a Cunha Pereira com a colaboração de Lu.is Peixoto Gomes FI– iho, sob _as vistas do professor Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em cujo pre– fácio se encont ra o testemunho- da extcnstlo e p rofundidade d o proba e Ingente labor , em p regado para atingir o alto resultado que tem merecido tantos lou vores dos en tendidos e tan to recon hecimento dos leitores beneficia dos. "LIBERDADE E CULTURA" J ohn Dewey, o ma is eminente !Uóso!o da América, nasceu em Burl\ngton . Estado de Vermon t , E. U . A.. Aos 20 anos terminou o curso universitário; aos 25 obteve o titulo d e doutor cm filosofia pela Un iversidade J ohns Hopkins; aos 28 comoc;ou a en sinar !lloso!l.n em Minnesota. A seguir, passou a lecionar em vórtos cen tros un!l·ersltárlos. Em 1904 foi chamado a dirigir a Escola de Educação da Un iversidade do Chicago, onde criou e passou a dHu ndlr o famoso método de en– sino exper:ment,a l qu e revolucionaria a educa ção prática em todo o mundo. Data de então a sua celebridade. Uma das suas m ultas obras e, talvez, a mais lmpQr ta n te, é " Liberdade e Cu ltu ra" . que acaba de sair n uma t,ela edição da Revista n ra.nca t radu zida e pre– faciada por Eustáquio Duar te. Nésse llvro. o fllóso(o põe em discussão com clnroza excepciona l o gra nde problema d a liberdade r da cultura, analizando-o 60b tre• mendas criticas aos i;eg'.mes to talitários e com r est rições e sábios conselhos aos regimes democráticos. O ensaio Introdu tório do hlstorio.dor Eustáquio Duarte sln – tetlsa d e modo conciso a bela obra d e Dewey, que faleceu aos 92 anos de Idade, em 1952, deixando em todo o mundo ralzes e d iscípulos de suas idéias. ROMANCES BRASILEIROS NO PERU' I nforma J osué Montelo, atualmen te · lecionando literatura brasileira no Peru, que O edit or MeJica Bacca, de Lima , va l d ivulga r nossos romnnces modernos naquele pais. cm língua castelhan a. ten do o mesmo J nsué Mon telo organizado uma llsta Inicia l. a ped ido do editor, com os seguintes livros : "Fogo Mor to·•, de José u ns do Rego; " São Bernardo". de Gracllirmo Ramos; " As Três Mnrias--, de Ra q uel cre Que!roz; 'A Es trêla Sobe", de Marques Rebelo: •·casca lbo" , de Her– ber to s ales : ' 'Lições do Abismo"', de Gusta vo Corção; " Floradas n a Serra··. de Dln á Silveira de Queiroz: "Memórias de Lázaro'', ele Adonlas Filh o; " Camin h os cruzados··. de i::rlco Ver íssimo: 'O Amazonense Belmiro", de Ciro dos Anjos ; " O Anjo de Pedra'', de Otãv1o de Faria; ''Terra do Sem Fim "', de Jorge Amado.. DEUS SABIA . . . Alcuns a m igos do roma ncista nor te- amer:cn.no Ernesi H.emlngway, lnmen– l:tndo sua a usência num Jan tar Intimo organizado em Nova York, d ecidiram en– viar . estim ulados pelas sucessivas closés ele • ·scot.ch " , um cnrtl\o postal ao a u tor de "Por q uem os sinos dobram". Ignornndo. entret anto. o seu parl\delro (He– m ingway viaja. multo), pusera m â guisa de en d ereço : " A Ernes t Hemingway, Deus sabe aonde . . . " 0 fato é que scman11s depois, chegou da I tália uma carta. com a ass'.natura de Hemingway, sob as seg ulotes palavras ; "Deus sabia . . ."

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