Revista da Academia Paraense de Letras 1954
- REVISTA bA ACADEMIA PÀRAEN'SE DE LETRAS 141 MORREM OS ACADEI\IICOS DE !\UNAS A propósito, aliás, da Academia Mineira, há a regist rar o grande nún1eto de vagas n ela existentes. Pareçe que trinta por cen to das cadeiras naquela Aos• demla nlío est!io preenchidas no momento . Entre os candidatos a uma das vagas, deve se m encionar o nome de J oão Camilo ele Oliveira Torres, Jornallsta e h istoriador, autor de "O Positivismo n o Brasil" . "SOMANLU - O VIAJANTE DA ESTRELA", de ABGUAR BASTOS Abguar Bastos não é um nome desconhecido no melo Intelectual de nossa terra. Filho do Pará, h á multo se ach a rndicado no Estado de São Paulo, onde desfru ta do melhor conceito no mundo das letras. Autor de t rês romances - "Terra de Icamlaba", "Saf ra" e "Certos Ca– minhos do Mundo" - nos quais vive e palpita a selva, a pujança , o con traste a tordoante da vida amazônica, Abgu a r Bastos acaba, agora, de la-nça r ao públlco, em admirá vel edição, - "Somnnlu - o Viajante da. Estrela" . Tra ta-se de um livro de 192 páginas, repositório das mais belas lendas e- de extraor dinários personagens do fabulário brasileiro, com 50 Ilustrações, de Solou Botelho. O t rabalho gráfico é da Editora CONQUISTA - do R io. INTELECTUALIDADE NORTISTA As vezes ouve-se falar, em rodas mais ou menos demolidoras ou pessi– m is tas, que a atividade intelectual anda em decllnlo, que só o futebol prende a ntençiio d e profissionais e espectadores. Isto não é totalmente verdade, pois; são muitos os que se dist anciam de uma bola a rolar no capim, derivando seu des– velo, sua acarinhada preocupação pa ra as atividades do espirita, do Intelecto, das letras . Entre nós surgem, criados por Jóvens estudantes, os grêmios literários, seus Jorn ais, suas revistas, sempre procurando realizar vôos mais s itos. Na capit al pa ràense, que mantém com o Amapá vivo Intercâmbio Intelec– tual, revive seus melhores t empos a Revista da Academia Paràense de Letras, pu– bllcaçlío-atestado do valor mental de uma legião de homens de pensnmento . Mui– tos Já foram levados para o sllênclo inviolável da eternidade, mas, suas obras, suas produçOes em prosn e verso, perma necem lembrando-lhes os m éritos, enal– tecend0-lhes os nomes. Outros tantos continuam na t erra, escrevendo sempre, t rabalha ndo pela Intelectualidade nortis ta, abrilh antando-a com seus Jlvros, com seus versos, com seus estudos, com o seu culto às let ras pátrias . A revista a que n os referimos acima, ora m ost ra ndo, n um novo e excelen te número, a fôrça de vontade e a Inteligência dos componentes do Sllogeu Paràensc, assegura-nos a ce~za consoladora de que ainda há tempo pa ra ser dedicado às letras. A ofer ta cativante que o académico Georgenor Franco aca ba de fazer-nos, envia nd o-n os, com amável dedicatória, um exemplar da Revista da Academia Paràense de Letras, de u-nos o n ovo qnseJo de brinda rmos nossos olhos com a leitura ~e ta n tas págin as clntll.antes, amenas, traduzindo tanta Imaginação bo– nita, t an tos conhecimentos que Ilustram o esplrlto e que também bolem com 0 coração. Certas páginas do passado em nossa , erra, trnzem-n os aos m ela ncólicos dias presen tes, fazendo-nos mergulhar em épocas snborosns que, sômente pela Imaginação, voltam para a fan t asia dos nossos desejos. Somos um dos mais lnexpresslv.os leitores da bela revista pa ràense . Mas 8 lemos com emoçlío, com afetividade, com o coraçlío nortista ba tendo de alegria dian te da vitória dos Intelectuais paraoárns. ~ qul fica nosso agradecimen to ao Infatigável Georgenor. ALOM (Do "O Amap á", de 22-11-953).
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