Revista da Academia Paraense de Letras 1954
140 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Em eessllo solene, a Acac!Jlmla Paràenee de Letme fez entrega dos prêmios do -'seu Concurso anual: Foram os seguintes os laureados: Poesia, primeir o prêmio, "O Estranho", de Max Martins; menção honrosa, "A Palavra Esquecida", de Cauby Cruz; ambos os vencedores são poetas de acentuado t imbre modernista. Na seção de Romance, "Pax", do escritor Mecenas Rocha, foi o premiado. E na de Teatro, o drama "Bem longe de Deus", de Mário Couto, autor que Já tem trabalhos seus lncluldos no repertório de companhias de âmbito nacional. Só não tiveram sorte os concorrentes de Contos e de Ensaios, aos quais não foi concedida classl!lcac;ão. Os prêmios da A. · P. L. consistem em 4 mil cruzeiros e facilidades para i,dlção da obra. . . . Vem assumindo uma posição destacada, entre os editores do extremo Norte, H . J. Barra, de Belém do Pará. O cuidado na seleção dos originais e o bom gosto na a presentação doe livros, têm contrlbuldo para o compensador êxito dos seus lançamentos. Entre os sucessos mais recentes das edições Barra, destacam-se : "No Pais dos Dóla res", de Hermes Filho, estudo de problemas e soluções americanas, em regiões de características semelhantes às da Amazônia; "O Estran ho", poêmas de Max Mnrtlns, e "Místicos e Bárbaros", livro póstumo de Antônio T avernard, poeta, romancista e teatrólogo de marcante expressllo na literatura nortista . De– verã ser entregue ao público, em seguida, a terceira edição de "Ouro e Lama", contos do acadêmico Georgenor Franco. A mesma editora a nuncia para breve "Pais de Tupi\", poemas amazônicos de Wlad!mlr Emmanuel. . . . Está em circulação o volume do segundo semestre dêste ano, da Revista da Academia Paràense de Letras. Como sempre, bem Impressa, com excelente colaboração de D. Mário Vilas Bôas, Paulo Maranhão, Manuel Lobato, Jorge Hur– ley, Rodrigues Plnagé, Avertano Rocha, Abelardo Condurú, Bruno de Menezes, Adalclnda Magno, Osvaldo Orlco, Oeorgenor Fran co, etc.. Trás êste número amplo noticiário e bôa documentação fotográfica das realizações culturais da Academia. UMA HONRA PARA A ODONTOLOGIA PARAENSE O dr. Eldonor Magalhães Lima, competente estomatologista paràen se, vice– presidente do Ins~tuto Paràense dn História da Medicina, foi elei to membro titu– la r da Assoclaç!l.o Brasileira de Cirurgia Buco Maxilar . ' O dr. Eldonor L!ma, que Já pronunciou Importante conferência na Aca– demia Pa ràense de Letras sôbre n literatura e a pslcnnallae, foi convldnelo para mJ!mbro t it ular, pelo Brasil, da Federaçã.o Latino Americana e da Sociedade Ar– gentina de Cirurgia Dento-Maxilo-Faolnl, das quais são presidentes, respectlvn• n1ente, oe profel580res Oarlos Bergora e Abel Stlcco. BRIGA NA LITERATURA MINEIRA A concess!l.o do prêmio Oton Llnch Bezerra de Melo pela Academia MI• nelra de Letras provocou grave Incidente nas letras mineiras. Dois candidatos reuniam as preferências doa acadêmicos, a escritora Lúcia Machado de Almeida e o poeta marnnhense Da Costa santos. Mário Casassanta, presidente da Academia, segundo consta, elecldlu recu– sar, contrariando uma traellçAo acadêmica, os votos por procuração. O poeta h avia reunido número su!lclente ele procurações para com elns obter a vitória. Sem procurações, entretanto, o resultado foi de 15 votos contra 7, favorâ– vels a Lúcia Machado de Almeida. Mário Cnsassanta, em face dos trabalhos t u – multuosos, declellu-se a passar a presidência ela sessão a Aires ela Mata Macllaelo Fllho. e abandonou o recinto. Na rua, porém, !oi perseguido pelo poeta derrotado, que chegou a esboçar um ge!!to de agrçssão, apanhado no a r pe10· livreiro Qijcar Nlc;olal, m1lagrosa1Uente aparecllto.
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