Revista da Academia Paraense de Letras 1954

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE! !>E LETRAS SAUDADE de ALVARO DA CUNHA Mamãe foi definhando lentamente, como os santos e os mártires definham. Os bons se esvaem, assim, suavemente, 1 quando as horas da morte se avizinham. · Meu Deus do Céu ! Senhor Onipotente ! Os meus lábios Te férem e Te espesiuham ; não são lábios de mãe; onde se aninham prel\eS de fé, de amor, prece;; de crente. Despercebida de outras mães felizes que têem no lar o!I seus jardins floridos, mamãe viveu apagando cicatrizes. F. amargurada no labôr diário, usava os seus dois braços doloridos, como se fossem os braços de um operário. .. ALVARO D/\ CUNHA 11:i ,

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