Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)

óó :R.EVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS O BEIJA FLôR. CARLOS NASCIMENTO Voando de flôr em flôr, à luz serena Do amanhecer, o colibrí zumbia : Ia e vinha no ar, como uma pequena Joia de azas, ou luz de astro, erradia ... Mas o inverno sucede à quadra amena : Sem acabar o ninho que tecia, Num triste dia, ergo do chão (que 11cna !) O beija-flor, que plál!ido morria ... Sangra da fl'ôr o coração ferido . . . E à tarde ví - que pomp~s reais, bizarras !– Seu delicado corpo conduzido • Por Iegiãe de formigas numerosa, Sob o canto tristonho das cigarras, Deitado numa petal:l de rosa ! • •

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