Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)
kEÍJlSTA fiA ACADEMIA PARAENSE DE LET~~ 85 , pausa depois de cada frase. Exprimia-se sempre corretamente. Era indubltàvel– mente, um homem distinto. Ao vê-lo. ao oJvi-Íó to~nà:.ra-se patente que os seÜ_s . talentos eram os de um civil, 1hâis do · que hliiltares. Discorrla 05 assuntos êom a proficiência de um intelectual. De olhos verdes, e encarnando o tipo do "hidalgo" castelhano, o Presi– d ente dã República do Pratã instintivamente, colocara-se perante D. Pedro n. no plano em que se colocam os m ais conspícuos vultos da Burguesia, ante à supremacia convencional das testas coroadas. No mundo político da América do Sul, a p ersonalidade do General, coru1- t ituiu talvez, o marco m ais ilustre, na marcha ascencional da civilização argentina. Pnrn ficarmos pois tranquilos n cssns situações intérriacionais fa lsas e criticas, é preciso primeiro que tudo - estarmos preparados. · Nem sempre encontraremos alianças vantajosas. Agora mesmo, com a recente eleição para Presidente da R~públlca Chi- leno, scéundo ndvcrtc no pais, o jo~nnlls to Carlos Lacerda, uma fase de apreensões vai sur gir p ara as nações do sul da América. Isso, porque, sendo o Chile, àmigo tradicional do Brasil, é êstabelecendo um equilíbrio saudável nas nações que compunham o A B C, isto é, Argentina, Brasil, Chile, - as veleidades de r econstituição do antigo Vice-reinedo do Pratn por parte d o Peronis mo, não c ncontrnvo1n c limn para o sua e sp nnsfio. Mas o novo Presidente em Santiago, é amigo de P eron, possuindo idéias semelhantes ; e se êle dispuzer a g ravitar na órbita da sua politica, o melhor que o Bros ll tem n rozer, se l embrando d os liçõcn do passado, - é recompor com sabedoria a sua economia e as suas fina nças, para se fazer respeitar com o argumento decJs lvo, de ser um:1 nnçiio suficientemente aporclhodo, poro o luta nos campos de batalha ... •
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