Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)

• '14 REVISTA ÔA AéAD:e!MtA PARAJ;1NSE OÉ LE'l 'R.AS Lia tudo, conhecia nns suas menores m lnuclosldndcs o movimento a r t ístico e literário moderno. A sua palestra n iío deslumbrava mna encnntnva, como mú– sica longlnqua e Ideal que apenas acaricia o ouvido. Morre nos 2G anos de Idade, sem deixar talvez dez páginas escritas - lndoleên– cla de meridional ou compreensão da Inutilidade do esforço pnra atingir à suprema beleza? Ninguém o aabern". . .. Meus senhores, Camerlno Rocha foi o homem que transformou as palavras mo.Is simples em poesias melodiosas, enternecendo a alma das mullleres quando f alava de amor, e foi também o cnmpeli.o da oratória, numa época de valores lnte– lectuo.ls Imensos, arrebatando o pa triotismo da mocidade brasileira parn na grnndes campanhas n acionais. Viveu pouco, mas o surtclente pnra perpetuar-se na memória da Pntrla e na saudade de quantos tiveram a ventura de conhecê-lo e ouvi-lo. Viveu pouco, mns viveu intensa e artisticamente, numn época em que o ho– mem valia pelo caráter, pelo Intelecto e pela correção das atitudes. Poeta da palavrn falada, homem que fazia de cada frase escorrelta um hino de beleza e entusiasmo, Camcrlno Rochn merece ser lembrado e deve Ler o seu ta– lento perpetuo.ndo neste S!logeu com o reotnbuleclmento Jo seu nome para patrono da cadeira daquê!e que exaltou seus méritos Invulgares : - Terêncio Porto. Assim procedendo, a Academia homenac;ela uquêle que n:io deve ser <,aquecido no m esmo tempo que respeitará a vontade ele Terêncio Porto públlcame:ntc man!festuda. •

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