Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS 61 e inumeros outros volumes que tão bem conheceis e admirais. Na segunda metade do sóculo dezoito, outra escola liter(lrla veio enrique– cer n nossa já notável literatura colonial. Desta vez são os ilustres filhos da Grande provincia Mineira que a au– menta com trabalhos magníficos do v alor de ''CARAMURú'' de Frei Rita Durão "OS NETOS" de Clá udio Manuel da Costa "URUGUAI" de Basilio da Gama "POEMAS" de Alvarenga Peixoto "MARILIA DE DIRCEU" de Tomas Gonzaga "POEMAS" de Silva Alvarenga. Tais obr?.s e tais autores, tiveram a ventura de estabelecer a verdadeira tnndção entre a literatura portuguesa e aquela que desde então se passou a chamar verdadeiramente brasileira. Estabeleceu-se o govêrno portugues no Brasil e sendo este levado a ca– tegoria de Reino, isto jã no século dezenove, novas dir etr izes tomaram os nos– sos trabalhos literários. /1. exaltação do sentimento n acional já então orientada a rausa de nossa Independência fez com que outras obras se imortallzessem pelo seu carater pa– triotlco. Apesar disso as inspirações religiosas n ão desapareceram, e ai estão "AS TRADUÇOES DOS PALMOS DE DAVID" do Padre Souza de Caldas "AS TRADUÇOES BIBLICAS" d e Eloy Otonio "A ASSUNÇÃO DA VIRGEM" de Frei Francisco de São Carlos. Enquanto Isso os fatos históricos continuavam a impressionar escritores de renome, e eis que são lançadas, entre outros trabalhos de notável erudição, cssn~ obras magnificas "MEMORIAS HISTôRICAS DO RIO DE JANEIRO" de Pizarro e Araujo "OS TRATADOS DO DIREITO MARtTIMO E Ptl'BLICO" de Visconde de Cairú "OS /1.NAIS DO RIO GRANDE DO SUL" de Visconde de São Leopoldo "OS ANAIS DO RIO DE J ANEIRO" de Baltazar da Silveira e o, volumes de reconhecido vnlor histórico de J osé F erreira da Fonseca, mais conhecido pelo t itulo de Marqu ês de Maricá, o célebre a utor do Belo livro in• titulado "MAXIMAS". Em 1822 transformando-se o Brasil em Nação Independente e Soberana, nova orientação sofreu a nossa literatura j á agora tornada Nacional. Nasceu o roma nce pela pena magnifica de Gonçalves de Magalhães com o la nçamento desse m a ravilhoso livro ''SUSPIROS PO:E:TICOS E SAUDADES" espécie de litera tura (!tte P orto Alegre e Sales Torres Homem engrandeceram com feliz êxito. A esse movimen to literá rio criados do nosso rom!lntlsmo se deve a fun– dação em 1838 do n osso I nstituto Histór ico e Geogr áfico Brasileiro, tendo a frente além de outros nomes incompará veis as t1ersonalldaçles meritórios de

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