Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)

r t' / REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS 6S e de m ais trinta varões de acla rada v1sao, fazem dela uma Instit uição Eminente o q ue- t or na ainda m aior a responsabilidade que me foi entregue e que funda– m e nta parte da grandeza da t a refa q ue neste momento é colocada dia nte de mim . A segunda est ã ligada à existên cia e à finalidade da F ede ração das Aca– demias de L e tras do B rasil . Destin ada a est ab elece r o continu o intercâmbio cult ural entre vinte e uma corp.~raçõcs Doutas do Pais. organizada para orientar os estudos literários, poet ices e históricos em todos os Estados da Uniãºo Nacional, regulamentada par a a tender as n ecessidades .d as Agremiações Filiadas, o seu p apel é importante e n er.sa base reside a outra par te da grandeza d a t arefa que vem de ser lm– p os t,1. Que a vossa benevolência se una a m agnanimida de que a nimou os Meus P are., e que r eveladas sejam as m inhas falhas, - que r n esta hora recepcionai que r durante a jornada q ue agora u nidos continua remos a em pr eender em bene– ficio da Cult ura Brasileira, n a certeza de que assim p rocedendo dar-me-eis uma íeli·t oportunid ade para que e u , aurindo os vossos experientes ensinamentos, possa acompanha r -vos com vantagem n essa trajetor ia radiosa e profícua que vin– des realizando e que tanto bem t em aspergido em pról da perfectlbilldade da Litr-;r atura Nacional. P a ra êsse aprimor ament o valioso das Letras Brasileiras, n ão faltam recu11 sos magniílcos a est a Notável In stituição . Nela vivem em indissoluvel união os m ais escla recidos valores da nossa Cultur a Liter ária . A ela emprest am o b r ilho de suas inteligências fulgurantes, prosadores, poeta ~. e histor iadores de todos os r incões d a n ossa estremecida Pátria. Nela con gregam esfôrços os m ais legit imos rep resentantes d o moderno ~aber ver náculo, inomida vcl tesouro q ue no-s foi l egado p or aqueles cultores da llngua lusa em todos os tem ~ de Nossa existência que r colonial quer Nacional. E s e considerarmos lffft instante, ver emos em b r eve q uão notóvel é a ma;:niílcê ncia a p recave r . Nossa literatura Nacion al ! . .. Por certo não exi ste em n ossa história, acontecim ento que melhor ex– press,~ o sentimento brasileiro em q_u alque r época d e sua vida, como o p a tenteiam os c~critos de seus homens d e Pensame nto . Bem sabemos que o Brasil era ainda uma ave implume de feit os gloriosos e _,:, a sua gra ndesa e ra cantada por aqueles m ission ã r ios jesultas a quem o n osso Pais deve todo o i nicio de sua civilização colonial. Ningu em desconhece em n ossos dias o valor daqueles Semeadores do Bem. F or am êles os primeiros desbrava dores do nosso interior riqujsslmo, os primeiros b a ndeirantes do n osso t erritório imenso, os primeiros cultores de n osras L e tras Imortais. Em seus escritos, cm su as notícias, em seus discursos b aseou-se em 1587 o colí\no portu guês Ga briel SoE\res de Sous a p ara escrever essa . obr a ainda h oje admirada p or t odos "~ hr;igi\PirOR P. ("IUP. SP. intitula "TRATADO DESCRITJV:0 DO BRASIL" . Após o la n çam ento desse livr o, o primeir o escrito sobre a Grande Colô- nia , seguiu-se outro porém da lavra de um poet a do nosso Nordest e. Foi Isso em f ins d o século desesset e q uando o primitivo Br asil e a Culta Eu ropa puderam admitir uma p eque nina obra liter ár ia, "A PROSOPOPltA", escrita cm ter ras coloniais B rasileiras e p or um filho do Brasil. E ssa glória im perecivel coube a um p ernambucano, Bento T eixeira, que <>ntuslasmado com a s pr oezas lu zas levadas a efeito na Epoca dos Descobrimen– tos, e~crever a esse p oem a sin gelo no q ual a p arecem de man eira indi5cut1vel as qu,1Hdàdes notáveis daqueles navegadores exímios . Mais ta rde , 1627, f oi a no•, el llte ratura brasileira e ngrandecida com a

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