Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)

B.EVISTA DA ACADEMIA PARAENSE r.:, LETRAS EM TEU. LENCO ... PARAS. C. de DE CAMPOS r.mEmo Em teu lenço finíssimo de rendas Há um mislérlo su!Jtl! de antigas lendas . .. Vendo-o, julgo que foi, - saber quem há de? O manto pequenino de uma estrela, (Se é que não foi, talvez, de uma saudade O pequenino manto) Do céu roubado, alguma noite, pela Aza do Y~nto, :dmla humldo de pranto. E ontem, que cu mergulhasse, cm beijo Imenso, Os meus lábios deixastes no teu lenço. Talvez porque estivesse no teu selo Antes do beijo, quando, emocionado, Ante os teus lindos olhos eu beijei-o Misto de lsenso e ro_Sa, Nêssc lencinho um mundo perfumado Sorvi, numa emhrlaguês auri-radlosa. Mas a minha alma, nêsse beijo Intenso, Ficou-me presa as rendas do teu lenço. E agora, cm vez dêsse fugillo nome Que hoje o teu lenço guarda. eu sinto em mim Vibrar dando-me a vida o teu perfume... Por isso, a todo instante, eu sinto e penso Que se possues tanto poder assim, Nêssc <:helroso e pequenino lenço, É que há, 11or certo, entre essas finas rendas, Um mistériQ ~ubtil de antigas lendas.. . 91

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0