Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)
tlO RmSTA DA AôADID&tA l'ABAENàE DE LEffiAS "Não preciso sen•hor deputado do poder da autoridade para 11 minha elei– ção; e acredite, que se. eu entendesse que n ecessitava da Intervenção da au– toridade para ·consegukla, cu renunciaria a cand_tdatura, porque quero que a minha eleição seja, tão livre como deve ser, e já que níio aceito Imposição de ninguém, não quero também que alguém seja obrlgndo a votar-me I" O deputado .João Lourenço Pais de Sousa, que o cauFtlcava na tribuna, faz alusão à data das eleições que já estnvam próximas, Insinuando que não haveria ma111 tempo para propaganda polltlca. E Siqueira Mendes responde : ".Jâ não est4 longe, senhor deputado, e fique certo que se a minha can– didatura não fôr voluntàrlamente aceita pelos meus patriclos e amigos ca– metaenses, não me apresentarei candidato . . . " E com aquôle orgulho patrlé,tlco que caracteriza os filhos do nobre rlnc!io tocantlno: " . . . sim, não me apresenta rei candidato, mesmo porque reconheço e j á tenho declarado, que repugna com os 1,r lus <:.<,s camctaca scs, aceitar Imposi– ção de quem quer que seja I" No ano seguinte o Partido Conservador vencia as eleições provinciais. O cônego Siqueira Mendes estava eleito 1 Era como respondia à critica Insidiosa e ao Julgamento Injusto daquêles, cujo conceito sõbre os homens daquela época, não tinha a solldês da virtude nem a constância da fé.
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