Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)

REVISTÁ DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS DUAS POESIAS DE OSWALDO ORICO NA ASA DE UMA SAUDADE A PEREGRINO JUNIOR f:le partia ... O olhar perdido a esmo, acenava no azul o adeus da despedida . .. Ela . triste, a chorar, palpitando de vida, tendo, na sombra amiga a sombra dêle mesmo. Velas brancas no mar de safira e esmeralda . .. Uma vela recorda um a saudade ! Ah ! se ·recorda uma saudade, um grande bem que é todo seu. Tece da flôr da mágua expr essiva grinalda . .. É uma lira de amôr cantando corda a corda , a saudade do bem que se perdeu .. . Nunca tornar a vêr o olhar que se despede em carícias, chor ando ; não mais poder ouvir, escutar e atender a voz que can ta ao luar e adormece cantando ... Não tornar a sentir no murmúrio da noite, face a face, no coração das árvores pulsando, como se dentro dêles dois pulsassem .. . •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0