Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)

r • LUSTRAJL Todo clamor será perdido. Té\da af}.içâo, <!e~ll$,C!lS~P,i~1 Quando ressoar el\l meu º'!Vlflo o apêlo da hora libertaria, me encontrarás restltuJdo às sombras da água legendária. Verás meu rosto - documento de uma tristeza extraordinária que se clausura em desalento gravado na ágqa cstaclonárl~ com a n~tldez de um PCJ?Same,i,t-0 de angú~tla, preso à Il!ente v_árJ_a. Verás meu rosto, um Instante ªl?'in~. !;, n_!l l«lmbrat}ça vJ.sl!>nárla, · ret-Omarás, de antigas cenas, nos~~ terl!,_Ura p érd.~~- '- Este,idcri\s as mãos serenas - oh corppà;sh:a donntá_rla do únJ.co território ameno de ml~h_a vl4a te}Jl,erár~ !-;:- pa,ra dlluJ,r, em ~raR,,do .l!C:~ 9, o estigma de ânsia, a dor plent\~l_a que ainda r~úi, CO-\JlO UJ!) veneJl9, à Inerte facp solltt\rla. Mal tocarás a ãi:ua tranq'!,llla. ,Com motllldez útvoJup~ái;la, a ár:ua retrál-se, uma onda oscila. Denso é o silêncio ; n luz precái:Ja. Meu triste rosto se an\quUa 11a 1nquletaçã9 !1.ª ãi:ua lendária. Sofrido rosto, restltuíllo à contl,i:êncla orlrinárla. Nada \!lstlme~. '.{~,rá slM o a1>êlo da hora libertária, Todo clamor será perdido. E a lãgrlma, desnece~sárta.

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