Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)

,i RE\'IS'I'A bA AóADEMiA PNR.NÉNSE bE L'E4'Ri\S lÓli dessa indissoluvcl fraternidade brasileira que fez com que, por tantos -séculos, êste Imenso e tiio variado Brasil continua9se um só, sentindo e .se comove ndo por uma almn únlc:i. (Da "A Gaze ta", de S. Paulo, setembro de 1952/. JA ESCREVEU 14 LIVROS Murilo Araújo escreveu o seu livro de estréia aos 20 ·anos de Idade lntittrlado "Carrllrrões". Recentemente publicou "A Luz Perdida", que é o declmo quarto livro do poeta mineiro, que também é autor de 4 volumes em prosa, Inclusive de uma bio– grafia de Catulo da Paixão Cearense. DEZ MIL EXEMPLARES "East of Eden" é o titulo do último romance de John Stêlnbeck, recente;. mente aparecido nos Estados Unidos. Noticia-se que mais de dez mil exemplares da obra foram vendidos em poucas semanas. MEI\IORIAS O pintor D. Cavalcante e o poeta Olegário Mariano estfio escrevendo livros de memórias. UTILIDADE PúDLICA PARA A ACADEMIA O "Diá rio Oficial" de 26 de agôsto de 1952 publicou a Lei n. 1.520. de 23 181952, da Cfimara Municipal de Belém, sancionada pelo dr. Carlos Lucas de Sousa, prefeito Interino, considerando de utilidade pública, para o Munlclplo de Belém, a Academia Paraense de Letras. O "Diário Oficial" de 12 de setembro do mesmo ano publicou a Lei n . 543, de 9191952, da Assembl€ia L egislativa do Estado, sancionada pelo governador Ale– xandre Zacarias de Assunção, reconhecendo de utilidade pública n Academia Pa– raense de Letras, "e que se destina a concorrer para o desenvolvimento cultural nas várias manifestações da criança literária, cientifica e a rtistica". Foram autores dos respectivos projetos os Srs. Vereador Luiz Mota e De– putado Efraim Bentes, a quem .nestas linhas a Academia rende o tributo sincero de sua gratidão. O RIO COMANDA A VIDA · ..o r io comanda a vida", livro de estréia de Leandro Tocantins, reune uma série de estudos sôbre a terra, as populações, flora e fauna amazônicas. Filho da Amazônia, a obra do jovem autor é testemunho e análise dos problemas do chamado Inferno Verde. Alguns temas tratados por Leandro Tc,cantins : a guerra de borracha, o mundo que a borracha criou, lendas e figuras do folclore, Marajó e a nação Aruak, celendário geológico, a hiléla e o sábios, ,etc. ·OLAVO Bll,AC B01:MIO A propósito da boêmia de Olavo Bilac, na mocidade, conta Amadeu Amaral um cênn bastante pitoresca. O pai do poeta, Dr. Brás Martins, chamou um. dia o o filho e entregou-lhe uma entrada de teatro : - É para o ..Fênlx Dramático" - disse - Vã assistir a peça, que se inti- tula : "0s Sete Degráus do Crime". Bllac foi, apesar de ter achado esquisita· a atitude do pai. E ao voltar, altas horas da noite, ficou ainda mais surpreendido ao encontrar o Dr. Martins acordado. - Viu a peça ? - perguntou o pai. - Vi sim, senhor. - Guardou bem a cena final ? - Guardei. - Como foi? - O •personagem acaba morrendo na forca.

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