Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)

102 mrítIB'í'A fiA AdAbEMtA PAftAÊNàE fiE LÉ'ffiA9 OSóRIO NUNES E O SILOGEU PARAENSE Datada de 5 de novembro, o primeiro secretário da Academia Paraense de Letra, recebeu de Osório Nunes, secretário do "Diário de Noticias" do Rio de .Janelro a segulnle carta : "Agradeço a remessa da REVISTA DA ACADEMIA PARAF.NSE DE LE– TRAS, onde encontro a prova de seu dedicado e paciente esforço de homem de esplrito que não abandona a provlncla e vai ficando as estacas de um trabalho admirável. Congratulo-me com a Academia pela fase brilhante que está vivendo e ainda muito mais útil pode ser ao nosso Pará. Estou escrevendo o meu livro "A desordem brasileira", analise do estágio aoclal em que vive o Brasil, encarado como órgão vivo, segundo as lições da geopolltica, Peço que não interrompa o contacto comigo. Apareceu por al a terceira edição de minha "Introdução ao Estudo da Amazônia Brasileira" ? .Jl\ estf.l quasl esgotada. Abraço afetuoso do (a) Osório Nunes". A OPINIAO DE ABGUAR BASTOS De uma carta de Abguar Bastos, o conhecido romancista conterrâneo, resi– dente em São Paulo, autor de "Terra de Icamlaba", "Safra" e "Certos Caminhos do Mundo", dirigida a .Jaques Flores, extralmos o seguinte trêcho: - "Foi com prazer que 11 a REVISTA DA ACADEMIA, onde um belo trabalho de reconsti– tuição histórica dos valôres mentais de nossa terra está sendo feito com entusias– mo e elevados objetivos." A NOSSA REVISTA E A P. R. C. 5 "Está circulando o terceiro número da REVISTA DA ACADEMIA PARAEN– SE DE LETRAS, trazendo farta colaboração de grande número de noasos "imor– tais". Vários nomes de alta projeção do Sllogeu paraense desta vez não se es– queceram de enviar su~ magnificas produções, o que tornou a publlcação um ver– dadeiro repositório de grandes páginas literárias. Por outro lado, a comissão de redação teve a fellz lnlciatlva de estampar artigos, crôrúcas, poesias, etc., de vãrlos academlcos mortos, escolha seleta que bem mosu-a não devia ficar no olvido. :t pensamento dos academlcos, segundo a opinião de Georgenor Franco, a quem se deve multo do êxito da revista, nesta nova fase de atividades da nossa mais alta instituição literária, não mais deixar a Revista atrazar, publicando-a, ao contrário, com a maior regularidade". -Foi assim que o Rádio Clube do Pará noticiou a salda do 3.º volume desta Revista. RECITAL DE DECLAI\JAÇAO DE MARl'IA PINHEIRO MACHADO No dia 6 de novembro último, a senhorinha Marlta Pinheiro Machado, con– sagrada declamadora brasileira que acaba de realizar uma excursão artlstlca pela Europa divulgando a poesia nacional, levou a efeito no Instituto Brasil Estados Urúdos, no Rio do .Janeiro, um recital de declamação. Numerosa e seleta asslstenclR lotou o salão daquêle Instituto, tendo Marlta Pinheiro Machado apresentado um magnifico programa, no qual incluiu O poema "Mãos", de autoria do nosso confrade Georgenor Franco, que ela versou para o francês. · Por fellz colncldencla, Georgenor Franco estava presente ao recital, pois U– nha Ido ao 1ul da República a serviço do Banco de Crédito da Amazônia onde exerce 88 funções de oficial de gabinete da Presidência, o autor de "Rebeldia" foi apresentado à assistência, sendo longamente palmeado. Depou do recital, o nosso confrade manteve longa palestra com várias pes– a6aa presentes, incluslve com diversos alunos de declamação da consagrada Maria Sablna, dizendo do alevantamento cultural de nosas terra, graças às iniciativas lla Academia Paraense de Letras.

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