Revista da Academia Paraense de Letras 1953 (MARÇO V4 EX 5)

REVISTA DA "ACADE:MIA PARAENSE ' DE LE'!;RAS 1ói RESENHA SEMESTRAI.. O PARA-INTELECTUAL Recebemos. enviados pelo confrade Georgenor Franco, os dois números de sua nova fase dn REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS.' E .ambas nos deram ao espírito horas de encantamento através ótimos trabalhos literários de l'eprescntantes da velha e da nova gcrnçêcs de minha terra, alguns já repou– sando no Campo Santo. • É evidente que essa publicação, genuinamente paraense, não fala sómente ao nosso intelecto, mas, tamb.;m, no nosso coração, relembrando, a cada pá– gina, nomes que .viviam, em nossa imaginação juvenil, .quando andávamos à catl} da bôa "prata de casa!", Assim é que evocamos os nomes hoje inscritos sôbre o mármore indiferente da morte devastadora, de Acilino de Leão, Eustnquio de Azevedo, Rocha Moreira, Apolinário Moreira, legítimos condoreiros da palavra lite rária, escrita e falada. Outros trabalhos, assinados por jovens e por encaneci– dos acadêmicos, esscnciand:, cousas e fatos de nossa Belém -inimitável, silo pa– lavras que valem pela ressurreição d e um passado de glórias do intelecto paraen– se. E se vai sentindo na alma a presença dos beletristas que nos anteciparam no cemitério, ainda norteand:i, com as suas produções que ficarall1, p .capricboso caminho das caprichosas letras. Nunca será demais que a REVISTA DA ACADE: MIA PARAENSE DE LETRAS estampe em seus volumes os trabalhos dos -colégas desaparecidos, para que as gerações futuras do nosso grande P a rá Intelectual pos– sam pronunciá-los com .admiração, quando é certo que éles sempre permaneceram fieis no torrão natal que tanto cantaram . Ademais, no gênero, essa publicação paraense cons titui um repositório excelente das atividades culturais que, com as próprias fôrc;as, vem abrindo campo para um honroso e desvanecedor conceito ultrapassando os limites do Es tado e estuando nos meios literá rios mais elevados do pais. · Quantos, na atualidade, dirigem a REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS, como Georgenor Franco, José Maria Hesketh Condurú, Ernesto Cruz, Wcnces láu Costa e Rodrigues Pinagé, .merecem os aplausos gerais dos que le~J!l• estudam e se preocupam com a vida intelectual. Isto é tanto m ais significativo .quando é certo que os tem pos são consumidos com futilidades infrutlferas e que se .alastram, infelizmente, matando p ela ina nição o espirita da época. A muitos até pa rece audácia dêsse pugilo de :icadémicos editar uma revista unlcament~ literária, tentando vencer as págínas ft1tebolisticas e outras mais. nocivas que , ~e dila tam p or êste Brasil imenso. Mas; n ão há n enhuma dúvid;,_ d e que êsse docu– me ntário do Pará-intelectual, se fazia necessário para relembrar o .passado, ,tor.– nando mais palpitante o p resente e abrindo novos_ e mais confortadores hori– zontes ao futuro, ALOM N. R.- Alom é o pseudonimo do dr. Adcrbal Melo, dire tor da Imprensa Oficlal do •rc rritório Feµer.:tl do Amapá. A crônica acima foi publicada na edição de 4jX j952, do jom.'.ll "O Am.àp á". que se edita na cidade de Macapá. A l\EVISTA DA ACADEMIA NO CONCEITO DE PEREGRINO JUNIOR Peregrino Junior em ca rta de 5 de n ovembro a Georgenor Franco diz o se– guinte : _ "Te nho o prazer de acusar o recebime nto da sua carta. de 20 de -OU.· tubro pp. e do volume Ill da REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LET,JtAS, que teve a gentileza de enviar-me. . _ . . Fico-lhe muito agradecido pela r emessa dessa publicaçao ---:- digna _de s~r equiparada às melhores no gênero -. que li com .o .mais vivo ,i;1terêsse, l>e!"' COJll!> pelas palavras amá veis contidas na missiva que me .ender.eço,µ. "• • .. . ..-

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