Revista da Academia Paraense de Letras 1952

00 ltl!:Vl STA UA ACAül::MlA PARA!,;NSE OI!: Ll!,"l'RAS Poeta ! Simples versej nd or dile ta n te é o que sou , s e a t:mio me permi• tir as pirar 3 amável co ndescendê ncia dos poeta~. _ Neste cená culo re p r ese n to, npenas, o respeito à tradição . Ven!1o da p ri– meira Acad emia, a qui fu nd ada por Paulir.o de Brito, João e ~nt õmo Ma n1ues de Carvalho, lnác io Moura e outros . . Moço a ind a , vegetava eu , então, pelo interior do Estado, roceir o e biso· nl,o, d espido j á d :is velc!dades li_terá r ias . a d esperdic nr a mocid ade e ob~cu rc c<!l· o e ~plrito, quando me u no inc apar eceu, c;~tão, er,, t;;c lustrosa companhia Poeta incipie nte, d e precarias possibilida des esté ticas, er a eu, ~ essa época, o a u tor infaus to de uma singela cole tân ea d e ver.os , ::itl- agora inédi~a. ~ q ue mãos am1~as, na 1ninh& ausl!ncia e à revelia minha, confia ram â aprecu~– çi<o d e P a ulino d e Brito, que ma devolveu depois com um p r o fundu e adm1• r óvel estudo sõbre a lite r a tura na ciona l, no qua l a prosa modela r d o Me stre esculpiu con ceitos q ue se aplicar iam hoje , com p recisão a bosluta, "º esta J o a tual de nossa evoluçã o me ntal . Pc,ucos e r a m as, agora, os r e111asncscentes dtssa prime ira te nta üva Dru , ta lvez , a inte nç üo d os novos construto res d éste luminoso r c fúl! IO d o f>e i.~a· men ta d a Arte, levanta ndo-o sóbre as nossas ruínas. Eu , de m inha parte , fiquei logc, d e com <:ço es magado sob os a llcerc.. s do novo 1:d ificio . 1,.penos s aido das in ,vns d o casulo, perpetuei-me no 111eta m orfose ras • t eira do lagart.a. Não atingi. na seorn das le tras, o período usctn c lonat, para e. luz e paro o ulto, da t.Jorbole ta : e :se1n u~n:; pt.t1'J voa,·, f 3ci I tc,i o rneu 30l– ;iul1a m.:nto ~oll o pêso d a~ nova8 r cspon sobllid a des . !,;Is, Sr . Eus táquio d e Azeved o, porque, e m vez J c, sêrd es v.'>~. eu " que dev erJn. Sê'r apres~ntado ã seleta asscm l.>léia que no:; asM,tt. Vindes d e uma geração que 1ez l:1->oca nesta tt:rr a, ao tempo e m que uma intensa vida intelectua l, trab:sll\aoa por . talentos d e pró!, se irr.;1Jlava pdo p ois inteiro e m surtos d1: e ntusiasmo e remís ios d e condu1 . Poe ta, a bris tes à imaginação cr ia d ora. d cix:.ndo -:, voar u solta nn am– plidão infinita do so n ho, sem que o vosso esp1rito so.: ctel,a tessr: na, nne u, 111r::is uos preco nceitos es tabe lecidos pelos escolas literárias. . Nã o vos abs traís tes nos arrojos d as concepçõt:s est-,u <:as da vosss pe1 tiO· na hdade. Sois vós mesmo e m tõdo vossa obro, multili,rlu e lecu11du. Nas "Orqutdeasº, vosso livro de t!Slréi o , CUJO:, St!'noes o v~rdur do~ 3 110~ Ju&lflca , nossa a lma pe rcorre m lóda gama dos s"n t,m,mtos h uma nos , or a tio– rindo nas doçuras emociona is de cândido J,iris1110 . ·ru va is partir ! ? Parte . p ois, mas, sempre tenho~ em mente, que não levas simplesme nte um cora ção . . . le vas dois ... e enc&~~=di;~ra ndo nos sugestivos a rrebata mentos d e um na t urali~mo s ingelo Desp erta a ser ta neja . ._ Uma oraçjo mur mur3, toma a benção dos pa is e, d esc ulduda 111•·01,Le . .4 ' Péc< d esca lços, :i rir, forruosament<: pu~a. va i escuta r d t: pe rto os m urmúrios Ja Jon te . Depois, espreita C'n l tt.,t no . .. e ning:u -.:m v~nno, ern bre ..-e. d~pe a sa ia de chila . A tir1tur d <: frio , depe ndur u uum r,:llho a cumise ta le ve e Ul"l'OJS·!-.~ V1..:lo:1. ftCt pruf ~ndeZ. diJ J H) . E t1lis E:e1n prt:? a:,sim, natura1,nente hUJClano --.e1n ortifíP,o~ ne-,n c onven- c ionalism o ; de e !:,c,Oln.b . ' . Na "V1t 1 , ;1••, e nSdiO re a lh-ta. exercitr:t.. t, ; :.t , vo:"l...~, qu ,;;1l ia od~ ~ dE:- nove– h sta de r~r.1 e 11~e1 c;3 dura, ut.J.... tH·1o·.. ,c1or e p:~1côlo gó , qu:.111,1o a ~:-; P-~u~ que anal$ t>e º.'::t:-ntuqy:.,m u1,1Ua na "'l rll\a L cJe~t~·-,, c ahldo 4 11c '-" urna d ;.b ana,.:, .. ...-r ia~ rna nu t.-.·:t:.c;<..e,, d e vo~so tale nto fecu ndo l n :.. l·U luu_t~e se pcetendesse estuthtr aq ui n 1C.•:111tu n o 1nul~ liv,c 1ru cs f6rço. a vo~sa r.,t:1·son a ladadc de pc;,eta, j or na lit.to , Uru111:JtU1'iS,u, "conteur · t: tradutor . Qu~ talem por 1nirn os vossos trul>te Jho.,, q ue. andutn por a t esparsos uo c:onhecime nto público. empolgando as ott:nç i,es d os VObSOS leito res , que s:.u legião 'f o<1::i t s!;ll g r ande ob ro, trabalho de fí: dt• s inceridade e de a mo r , in– cluindo c,3 J,v ros in éditos - ''Noite~ d e Plantão" , div idido e m duas pa1·te9 : i.'JotOb /J.1t.stl~a s " Homens e L1v1os e "!'.assas Escr ituras " (Es tudos e Re tra tos), atesta con1 Sl•bej u evicl~ncia n n ol.u'cL.u e 111estria co111 qut" rnuneJa'-lc~ st:1llpl'c o pena 1.,_ l·,crHor . Vo:,~o t spniLO, Sr iorm açao, lu ,, e ci.lor d e ira,;c res de temp estades h:ustaqujo de Azcve(10 1 reccbl·li, ~Uh altJO~Ps de sua ,,is que 1am no 1en1 : nu 1n1prcn~~, po nt111cava 1 co1u " deslumoramentos d e 1.>eleza ver ná.:ula, a pena de .,e

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