Revista da Academia Paraense de Letras 1952

84 REVISTA OA ACADEMl,:> PARAENSE OE J,E'l'fl.l\S A. VANTE PAl'WNO DE BR!TO ,. Júlio Cez~ r Rlbelto de Sousa Foetz. : A !uz da Inspiração g!gante, e 11-2s asas do G&?úo fulgurante que o cerebro alumia. sei nue mil vezes pelo tétt voaste, e ao·a bismo do espaço t e arrojaste em douda fantasia : Set que foste adejar. como o~ r.ondore8 acima dessas nuven~ multicores, mais rer to das estrelas : divagaste no m'Undo da~ quime ra•, e llbrado entre as lúcidas esferas, te extasiaste ;i.o vê-las. Era teu guia, nessa auda.z JoToada. a m ente excelsa. a m ente Incendia da no fogo da poesia : Foste um vate sublime ! F. rPpet1ram as multidões os cantos que te ouviram de enérgica harmonia. E assim, antes que a fronte te adornassem e o cmninho da glória te a pontassem os louros da clên ola. das "PiraustM" nos cantos Inspirados vimos, torlos, os vôos arrojados da tua intelli;éncia. Num desses vôos. quando audaz, radiante sobre o flan co das nuven~ do Leva_nte . a terra contempla vas, tiveste um sonho b'elo, grandiono, e antevendo um futuro luminoso, sublime te exaltavas. BaiJ<aste o olha r de lá, da imel\Sldade, e viste sobre a te rra a humanl dade qual outro Promethe11, em frente dêsse espaço azul, profundo, pelas leis da atração atada ao mundo, mas desejando o céu ! E!)-tão a voz de Deus bradou-te : "Desce ! Eis que é Jâ tempo: a lira e o canto esquece, outra é tua missão. Agula, procura avassalar os ares ! Como um batel que võa á flor dos mares, re.svala n'amplldão ! P ensa! 1: s rande a. 1nissão e imensa. a sloria. : Pensa ! E nunca descreias da vltórla : Eu guiarei teu passo. Para o homern o mundo é j â mesquinho, é preciso rasgar-lhe outro caminho · fra nqueia-lhe êss,, espaço ! ' ~u te faço o Moysés da nova idade. ... preciso c-uiar a huma nidad~ em direção aos sois ! Sabis O que é a amplidão ! Um mar srm r~ias; o e u ê urn 11orto ele azuln.cl: is 11raias, os astros são farols !"

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